Avaliação dos modos de falha de pinos de fibra de vidro convencionais, individualizados com resina composta e fresados em CAD/CAM após ensaio push-out

Abstract

Os pinos de fibra de vidro são frequentemente indicados para aumentar a longevidade de restaurações em dentes com grande perda de estrutura coronal. A retenção desses materiais tem se mostrado um critério desafiador para o sucesso. Sendo assim, esta pesquisa teve como objetivo avaliar os modos de falha, após teste push-out, de dentes restaurados com diferentes tipos de pinos de fibra de vidro. A amostra foi de 33 pré-molares unirradiculares, os quais foram tratados endodonticamente e preparados para receber os pinos. As raízes foram separadas em 3 grupos: PPF (pinos pré-fabricados); PPF+RC (individualizados com resina composta) e PCAD (fresados em CAD/CAM). Os pinos foram cimentados com cimento resinoso autoadesivo (RelyX U200 3M/ESPE) e separados para o teste push-out. Posteriormente, os modos de falha das amostras foram avaliados em lupa estereomicroscópica. Um espécime de cada grupo foi analisado em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), para observar as linhas de cimentação, por 2 avaliadores. Foi realizado o teste Kappa, para análise de concordância entre os avaliadores e análise das falhas através do teste Qui-quadrado de Pearson. Houve predominância de falha adesiva cimento/dentina para os três grupos de pinos, com dominância no PPF (100%). Na análise do grupo PPF+RC, apesar de não apresentar diferença significativa, observou-se elevado percentual de falha adesiva resina composta/pino e coesiva da resina composta. O grupo CAD-CAM apresentou 60% de falhas adesiva cimento/pino e coesiva do cimento, indicando diferença significativa. No MEV, pôde-se observar no grupo PPF grande quantidade de bolhas e camada espessa de cimento, diferente dos grupos PPF+RC e PCAD que apresentaram essa espessura reduzida.