Análise do nível de sedação consciente no tratamento odontológico de pessoas com necessidades especiais

Abstract

Na área odontológica, a sedação consciente é frequentemente empregada, principalmente em pessoas com necessidades especiais, por trazer uma redução da ansiedade e da percepção da dor por meio da utilização de fármacos. O objetivo do estudo foi avaliar a escala de agitação-sedação de Richmond (RASS) nos pacientes usuários da clínica da disciplina de Atendimento à pessoas com necessidades especiais da Universidade Federal de Pernambuco que utilizaram a sedação consciente. Foi examinado um conjunto de informações que englobaram os aspectos sociodemográficos e o prontuário do paciente, além das medicações utilizadas para a sedação. Para conduzir essa pesquisa, foi utilizado uma amostra de conveniência de 25 pacientes e foi mensurado o nível da sedação por meio da Escala de agitação e sedação de Richmond (RASS). Os resultados dessa pesquisa foram produzidos através de análises estatísticas de todos os dados coletados durante os atendimentos. Foi utilizado como base a idade, o sexo e o diagnóstico dos pacientes, onde, 55,2% da amostra possuía transtorno do espectro autista (TEA) e cerca de 58,7% representavam o sexo masculino. Verificou-se através do Teste Exato de Fisher que variáveis como idade, diagnóstico do paciente, se faz o uso de medicações diárias ou não, e o tipo do procedimento realizado não foi possível observar diferença estatisticamente entre si com o efeito da sedação do paciente (p>0,05) em ambos os testes. Sobre o sucesso das sedações nos pacientes, foi observado que a grande maioria alcançou eficácia nos atendimentos, segundo as estatísticas apenas 17% da amostra não foram sedados. Com base nos resultados deste estudo, conclui-se que a escala de agitação-sedação de Richmond (RASS) é bastante confiável e importante para os procedimentos de sedação e que o estado mais notado entre os pacientes foi a sedação leve, representado pelo número -2 da escala, principalmente produzido por efeito dos benzodiazepínicos.