“NÓS NÃO É O PLURAL DE EU” : A contribuição do pensamento ético de Emmanuel Levinas para o ensino de filosofia

Abstract

Considerando que a ética é imprescindível para o funcionamento da sociedade e que o papel da educação Brasileira é formar cidadãos, a educação no Brasil, possui como principal o conceito de Educar enquanto Formar. Assim, é preciso pensar acerca do modelo de cidadão que pretende-se formar com a educação. O objetivo da presente pesquisa, é contrapor duas formas de se fazer educação. A 1°, seguindo a via da ontologia e totalidade, enquanto a segunda, a partir da inspiração ética levinasiana, isto é da ética da alteridade, enfatizando a importância de formar enquanto Humanizar. Humanização que aparece enquanto responsabilidade, pautada na vivência do cuidado, da generosidade, e do acolhimento que podem ser estimulados por meio do redirecionamento do desejo à ética. No entanto, para que a vivência humana seja possível, o Eu precisa despertar da dimensão da totalidade e da ontologia que o prende a indiferença e a violência diante do mundo. Assim, será feito o uso do pensamento do filósofo Emmanuel Levinas, considerando os conceitos de Ética, Rosto, Responsabilidade( Respeito), Desejo, e Acolhimento (p.146), presentes nas obras “ Entre Nós: Ensaios sobre a alteridade” (1997), “Ética e infinito” (1982) e Totalidade e infinito (1980) (tal como aparece no 2° parágrafo da p.8) A partir de uma pesquisa teórica e bibliográfica.