Suplementação de Ácido Graxo Poliinsaturado (Ômega3) na gestação: Benefícios na saúde do feto

Abstract

A gravidez é identificada por transformações fisiológicas significativas e requer a adequada ingestão de nutrientes para assegurar o bem-estar da mãe e do recém nascido. A escassez de nutrientes durante esse estágio pode causar um comprometimento no desenvolvimento fetal. Os ácidos graxos poliinsaturados são considerados essenciais pois requer suplementação externa ou por ingestão alimentar, é composto pelo ômega-3 e o ômega-6. O feto não apresenta habilidade de sintetizar ácidos graxos essenciais, essa provisão é unicamente assegurada pela placenta. O objetivo deste trabalho é apresentar evidências científicas do uso da suplementação de ômega-3 na gestação e seus benefícios para o desenvolvimento do feto. Para tanto, realizou-se uma revisão na literatura nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), MEDLINE, ScienceDirect e Google Acadêmico, onde foram selecionados estudos dos últimos 10 anos categorizados como ensaio clínico randomizado, em que foram utilizados os seguintes descritores e suas combinações nas línguas portuguesa e inglesa: PUFAS and pregnancy”; “suplementação ômega 3 and feto” Encontrando-se um total de 644 artigos. Após critérios de inclusão e exclusão, permaneceram 48 artigos; destes, a amostra final se constituiu por 09 produções científicas. Diante dos ensaios coletados, foi possível ter certeza do quão benéfica e indispensável é a suplementação de ômega-3, a qual auxilia no tangente ao tempo gestacional, diminuindo incidências de partos prematuros, de recém-nascidos com baixo peso ao nascer, auxilia também no desenvolvimento cerebral, bem como a diminuição de marcadores inflamatórios. Porém, existe uma necessidade crítica de estudo adicionais afim de determinar as quantidades adequadas a serem ingeridas, tendo em vista que não há um consenso nos estudos quanto a essa quantidade e levando em consideração que cada gestação tem sua individualidade.