Desafios e entraves no Ensino do Espanhol, pós-revogação da Lei 11.161/2005

Abstract

No ano de 2005, foi sancionada a Lei 11.161/2005, conhecida como a “Lei do Espanhol”, a qual inseria a língua espanhola como disciplina obrigatória e matrícula facultativa para os alunos das escolas públicas. Um avanço importante para a classe de professores e discentes no país; entretanto, no ano de 2017, foi sancionada a Lei 13.415/2017, que revogou à do espanhol, dando espaço, portanto, à hegemonia do ensino da língua inglesa. Compreende-se, ainda, a ineficiência de políticas linguísticas quanto ao ensino do espanhol. Diante desse contexto, este trabalho, inicialmente, teve como objetivo de estudo fazer uma contextualização histórica do ensino do idioma no país e no estado de Pernambuco, ademais de compreender os desafios e entraves do movimento Fica Espanhol, pós-revogação da Lei 11.161/2005. O movimento está sempre em diálogos com lideranças a fim de garantir o ensino obrigatório ao lado do inglês, proporcionando um aprendizado bilíngue. Espera-se, por conseguinte, que a comunidade escolar e acadêmica compreenda a importância do movimento que é uma ferramenta basilar dos estudantes e profissionais do idioma para a reinserção da oferta nas escolas públicas. Para a metodologia deste trabalho, foi utilizada análise bibliográfica de alguns documentos sobre o ensino da língua espanhola no Brasil, leis, tratados, normativas, além de conversas informais com alguns professores que participam ativamente do movimento “Fica Espanhol”. O marco teórico foi composto por Cristofoli (2012), Paulinho (2019), Gomes (2020), Laseca (2008) e Picanço (2003). Como resultado final, foi gerado um debate quanto ao ensino da língua e o movimento Fica Espanhol, sendo este último muito importante para a luta do ensino do idioma em solo pernambucano e brasileiro.