Efeito do banho de assento na cicatrização de feridas de episiotomia em mulheres no pós-natal

Abstract

A episiotomia é um procedimento cirúrgico realizado no momento do parto com o intuito de ampliar a passagem do canal vaginal prevenindo lesões perineais, facilitando e agilizando a expulsão do bebê. O atraso na cicatrização de lesões da episiotomia pode levar à infecção da região, desencadeando dor e desconforto perineal, fatores estes muito comuns na pós-episiotomia. Melhorar a cicatrização da lesão oriunda dessa incisão cirúrgica é uma das principais preocupações no pós-parto. O banho de assento é um tratamento complementar especial que ajuda a aliviar a dor, prevenir infecções e promover a recuperação, cujo efeito é potencializado quando há associação com plantas medicinais, óleos essenciais e medicamentos, sendo úteis na cura das lesões pós-episiotomia. Esse estudo tem como objetivo avaliar as evidências científicas sobre a eficácia do banho de assento na cicatrização de feridas oriundas da episiotomia. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura elaborada através da recomendação PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses) a partir das publicações realizadas nas bases de dados eletrônicas LILACS, PubMed, ScienceDirect, SciELO, Arca, Scopus, Cochrane Library e Google Acadêmico entre os anos de 2000 e 2023, na qual a questão da pesquisa foi determinada através do método PICO. Para busca dos artigos foram utilizados os seguintes descritores em saúde: “banho de assento” e “episiotomia” realizadas combinações em português e inglês, recorrendo ao operador booleano AND. A busca resultou em 1.076 artigos e 12 foram selecionados para compor essa revisão, na qual todos os artigos selecionados demonstraram uma melhora significativa na cicatrização da ferida de episiotomia quando submetida ao banho de assento, de acordo com a escala REEDA (Redness, Oedema, Ecchymosis, Discharge, Approximation). Concluiu-se que apesar do banho de assento ser uma prática amplamente utilizada, ainda existe uma carência de estudos que comprovem a sua eficácia na cicatrização das feridas oriundas da episiotomia, principalmente estudos na língua portuguesa.