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Título: Plantas utilizadas em comunidades quilombolas do Brasil : o que remanesce da flora nativa da África?
Autor(es): SILVA, Rodrigo Vinícius Luz da
Palavras-chave: quilombolas; etnicidade; plantas medicinais; medicina tradicional; etnobotânica; população negra
Data do documento: 23-Ago-2023
Citação: SILVA, Rodrigo Vinícius Luz da. Plantas utilizadas em comunidades quilombolas do Brasil: o que remanesce da flora nativa da África?. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
Abstract: Quilombos foram espaços de resistência promovidos pelos negros escravizados que, anos após o fim da escravatura, passaram a ser reconhecidos como comunidades remanescentes de quilombos. As mesmas são detentoras de saberes populares que englobam o uso de espécies vegetais, onde se incluem plantas nativas africanas. Visto que o conhecimento sobre a origem das espécies é necessário para combater a invisibilidade da flora africana e que o levantamento sobre o uso dessas plantas contribui para a conservação de saberes tradicionais, o objetivo do presente trabalho foi identificar quantas e quais são as plantas nativas africanas que são utilizadas em comunidades remanescentes de quilombos no Brasil de acordo com estudos etnocientíficos publicados neste século. Para isso, se realizou uma revisão integrativa da literatura, utilizando as bases de dados SciELO, PubMed, Scopus, Arca, ScienceDirect, BVS e Periódicos Capes e os descritores "quilombolas communities AND plants AND Brazil”, "quilombola AND plantas AND Brasil” e "quilombolas OR quilombos OR quilombo AND plantas AND Brasil". Por sua vez, as origens das espécies foram verificadas através das plataformas Royal Botanic Gardens KEW - POWO, World of Flora e Flora do Brasil. Foram identificadas 60 comunidades quilombolas a partir dos 38 estudos selecionados e 1.179 espécies vegetais, das quais, 106 são nativas da África. A mais citada foi Coleus barbatus (Andrews) Benth. ex G.Don, enquanto a família com mais espécies mencionadas foi a Lamiaceae. Entre os usos, o medicinal teve destaque, com 222 menções, tendo problemas respiratórios como principal aplicação. Para a utilização terapêutica, as folhas foram as partes mais empregadas, com 138 menções e os chás foram as formas de uso mais referenciadas, com 100 citações. Diante dos resultados obtidos, conclui-se que a área de pesquisas etnocientíficas que envolvam o estudo de plantas em quilombos é um fenômeno ainda pouco explorado na literatura. Quanto às plantas nativas africanas, verificou-se uma série de espécies com grande importância para a manutenção da saúde de comunidades quilombolas, assim como espécies de importância nacional, tais quais o café, melancia e cenoura, protagonistas da alimentação brasileira. Dessa forma, é possível perceber a notoriedade da flora africana presente no Brasil e dos saberes populares quilombolas.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52987
Aparece nas coleções:(TCC) - Farmácia

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