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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51689
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Título: | Exploração e sustentabilidade da utilização de redes de emalhar na pesca artesanal do litoral leste do Rio Grande do Norte |
Autor(es): | Câmara, Demétrio de Lima Figueirôa |
Palavras-chave: | Peixes; Rio Grande do Norte; Exploração pesqueira; Sustentabilidade; Pesca |
Data do documento: | 8-Mai-2023 |
Citação: | CÂMARA, Demétrio de Lima Figueirôa. Exploração e sustentabilidade da utilização de redes de emalhar na pesca artesanal do litoral leste do Rio Grande do Norte. 2023. 65 f. Trabalho de Conclusão do Curso (Oceanografia) - Departamento de Oceanografia, Centro de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. |
Abstract: | Identificar e compreender como variáveis ambientais influenciam na distribuição espacial e temporal da abundância e riqueza de espécies de peixes, constituem aspectos primordiais para o estabelecimento de medidas sustentáveis para as pescarias, a fim de garantir a manutenção e conservação dos estoques explorados. Com esse objetivo, pescarias experimentais foram desenvolvidas entre julho de 2012 e junho de 2014 junto à frota que utiliza redes de malhar de fundo na plataforma continental leste do estado do Rio Grande do Norte. Modelos Lineares Generalizados (GLM) foram utilizados para modelar o peso total capturado, ponderados pelo esforço empregado (CPUE) em função das variáveis ambientais. Foram realizados 88 lances de redes, entre as coordenadas 6,37ºS a 5,076ºS, em profundidades de 6 m a 52,7 m. O peso total capturado por lance variou de 0,84 a 312,416 kg (média=28,603±45,457), totalizando 4.816 exemplares capturados, em redes com comprimentos de 509 a 2.400 m (média=987±437) e alturas de 1 a 2 m (média=1,7±0,12), que permaneceram no mar por 1,3 a 12,3 horas (média=4,66±2,55). A CPUE para o peso total capturado por pescaria variou entre 12 e 23.201 (g/Km2/hora) por lance. Segundo o modelo GLM estabelecido para o peso esperado de captura, as variáveis profundidade (P=0,006) e latitude (P=0,017) foram estatisticamente significativas, influenciando nas variações do peso de captura por lance. O teste de correlação para CPUE indicou que a profundidade, a distância da costa, a temperatura e transparência da água apresentam correlações estatisticamente significativas. As maiores abundâncias médias foram estimadas entre 20 e 50 metros de profundidade, em áreas mais afastadas da costa; já para temperatura, em águas mais frias ocorrem as maiores CPUEs; entre 10 e 20 m de transparência da água foram estimados as maiores abundâncias. O modelo de regressão não linear foi o que melhor se ajustou para CPUE em relação a profundidade, resultando nas maiores abundâncias entre 20 e 50 metros de profundidade. Técnicas de estatística espacial foram utilizadas e construídos um grid com a interpolação da CPUE para toda a área de estudo. A cartografia de abundância relativa dos recursos capturados apresentou as menores abundâncias até a isóbata de 20 m, exceto entre Pirangi e Natal, onde maiores valores de abundância foram observados antes dos 20 m de profundidade. De uma forma geral, as maiores abundâncias foram estimadas entre 20 e 30 m de profundidade, exceto no norte da área de estudo, entre Maxaranguape e o Cabo Calcanhar, onde as maiores abundâncias foram estimadas, entre 20 e aproximadamente 50 m de profundidade. Com relação à riqueza de espécies, foram identificadas 101 espécies de peixes, distribuídos em 72 gêneros, sendo 38 famílias de peixes ósseos e 4 de peixes cartilaginosos, totalizando 4.816 exemplares capturados. As espécies mais frequentes nas capturas em peso foram Caranx crysos (xixarro), Euthynnus alleteratus (bonito), Sphyrna lewini (tubarão martelo), Haemulon parra (cambuba), Scomberomorus brasiliensis (serra), Rhizoprionodon porosus (tubarão-rabo-seco), Carcharhinus acronotus (tubarão-flamengo), Lutjanus synagris (ariocó), Acanthurus chirurgus (caraúna), Carcharhinus limbatus (tubarão-sucuri), Bagre marinus (bagre-branco) e Caranx bartholomaei (guarajuba). Essas espécies representaram 70% do total capturado em peso. As técnicas de geoestatatisca aplicadas resultaram em importantes modelos e mapas que facilitam a visualização e compreensão da distribuição espacial dos recursos pesqueiros explorados pela frota de rede de emalhar na costa do Rio Grande do Norte, representando informações que poderão subsidiar importantes medidas para o manejo e conservação dos recursos pesqueiros da região. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51689 |
Aparece nas coleções: | (TCC) - Oceanografia |
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