Estudo da biorremediação e taxa de corrosão do aço carbono em solo do Porto de Suape contaminado com diesel S- 10, utilizando bioestímulo de nutrientes e bioaumento com fungos

Abstract

As atividades relacionadas à exploração do petróleo vêm trazendo grande preocupação devido aos riscos de derrames acidentais. O estudo do solo para avaliar sua capacidade corrosiva é muito importante em função do grande número de reservatórios e tubulações instaladas sob o solo. Os aços carbono ASTM A36 sofrem uma grande deterioração, o que representa um real problema para a economia e o meio ambiente ao passar dos anos. Estas deteriorações são causadas por diversos fatores, como interações físico-químicas e microbiológicas entre o aço e o meio, alterando a composição química e as propriedades do metal, podendo causar danos como vazamento dos derivados de petróleo. Inúmeras pesquisas de remediação de áreas contaminadas por petróleo e derivados têm sido realizadas. Dentre as alternativas de tratamento, a biorremediação surge como a menos agressiva e a mais adequada para manutenção do equilíbrio ecológico. O objetivo desta pesquisa foi investigar a biodegradação do óleo Diesel S-10 em solo do Porto de Suape - PE, utilizando as técnicas de bioestímulo e bioaumento, conferindo também os impactos da utilização destas técnicas nas taxas de corrosão do aço carbono ASTM A36, durante 35 dias. Os experimentos foram conduzidos em biorreatores e os corpos de provas foram previamente jateados, limpados e pesados. As amostras de solo do Porto de Suape – PE, foram coletadas e analisadas (parâmetros físico-químicos e microbiológicos). As análises para quantificação dos microrganismos do solo (bactérias heterotróficas aeróbias e anaeróbias, hidrocarbonoclásticas e os fungos filamentosos) foram realizadas durante todo o experimento. Também foram retirados cupons para avaliação das taxas de corrosão. Para quantificação de perda de massa. Concluiu-se que as técnicas de bioestímulo e bioaumento utilizadas na pesquisa demonstraram aplicabilidade nos solos do Porto de Suape - PE, no entanto fica a recomendação para serem utilizadas ex-situ e não in-situ, pois foi constatado que a inserção de produtos químicos, assim como o aumento da concentração celular no solo, aumentou as taxas de corrosão dos aços.