Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51359

Compartilhe esta página

Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorGOMES, Isaltina Maria de Azevedo Mello-
dc.contributor.authorDINIZ, Amanda Tavares de Melo-
dc.date.accessioned2023-07-03T13:10:34Z-
dc.date.available2023-07-03T13:10:34Z-
dc.date.issued2023-05-12-
dc.identifier.citationDINIZ, Amanda Tavares de Melo. Violência, substantivo feminino: um estudo genealógico sobre as narrativas da violência contra as mulheres na mídia pernambucana. 2023. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51359-
dc.description.abstractEste trabalho tem como objetivo compreender o que e como se fala sobre as violências contra as mulheres nas coberturas jornalísticas feitas pelo Diario de Pernambuco nos intervalos de 1969 a 1971 e de 2014 a 2016. A investigação empreende uma articulação entre duas bases teórico-metodológicas: a genealogia, conforme trabalhada por Nietzsche (2009) e Foucault (2018a, 2018b, 2018c), e a análise de discurso francesa, nos termos desenvolvidos por Pêcheux (1998, 2014) e Orlandi (1999, 2021). No período analisado, foram catalogados 1780 textos jornalísticos publicados pelo Diario de Pernambuco, que foram divididos em dois blocos: o bloco 1970, que contempla os anos de 1969 a 1971 e o bloco 2015, de 2014 a 2016. A seleção dos marcos históricos da pesquisa se baseia na percepção de que se trata de dois períodos de acentuação discursiva das questões relacionadas aos direitos das mulheres e ao enfrentamento à violência de gênero no Brasil: a transição dos anos 1960 para 1970, em que as convenções de gênero e sexualidade passaram por grandes transformações, e a segunda metade da década de 2015, quando a popularização da lei 11.340/2006, a Lei Maria da Penha, e a promulgação da lei 13.104/2015, a Lei do Feminicídio, definiram novas formas de falar sobre o assunto. Os dados encontrados foram apresentados em duas partes. A primeira discute os aspectos mais gerais e estruturais do fenômeno, trazendo informações como o número de ocorrências encon- tradas em cada recorte, os termos mais recorrentemente citados nos textos e as principais ten- dências verificadas no material estudado. A partir da observação desses dados, passa-se à se- gunda parte da análise, que delimita e problematiza os principais eixos temáticos em torno dos quais o discurso jornalístico da violência contra as mulheres orbita com mais frequência: a objetificação da mulher, permeada por sentimentos de posse e controle sobre o corpo feminino, a moralização das coberturas (e das condutas dos envolvidos) e o hibridismo entre o discurso jornalístico e o policial/jurídico. Como resultados da investigação, percebeu-se que, embora a luta em prol dos direitos das mulheres e contra a violência endereçada a elas tenha obtido avan- ços significativos nos últimos cinquenta anos, as principais linhas de força discursivas identifi- cadas nos anos 1960 ainda se mostram bastante presentes no discurso jornalístico dos anos 2015 e seguem influenciando as maneiras como se pensa, fala e age com relação ao problema. Nesse contexto, as violências contra as mulheres não deixam de existir ou “evoluem” ao longo do tempo, como prega o senso comum na matéria. O que acontece é um refinamento dessas vio- lências, um processo de sutilização que vai inscrevendo a crueldade, a guerra contra o feminino, no cotidiano, nas instituições e nos discursos, em particular no discurso das mídias. Assim, ainda que as coberturas jornalísticas tenham passado progressivamente a discutir o fenômeno da violência sob lentes mais críticas, isso não significa que o discurso jornalístico tenha deixado de ser violento, nem de reforçar, ainda que de maneira subliminar, violências, estigmas e pro- cessos de assujeitamento.pt_BR
dc.description.sponsorshipFACEPEpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectViolência contra as mulherespt_BR
dc.subjectGêneropt_BR
dc.subjectAnálise de Discursopt_BR
dc.subjectMídiapt_BR
dc.subjectJornalismopt_BR
dc.titleViolência, substantivo feminino : um estudo genealógico sobre as narrativas da violência contra as mulheres na mídia pernambucanapt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.advisor-coSALCEDO, Diego Andres-
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0900616562704372pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3715206085360657pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Comunicacaopt_BR
dc.description.abstractxThis work aims to understand what and how violence against women is discussed in the jour- nalistic coverage of Diario de Pernambuco during the periods of 1969-1971 and 2014-2016. The investigation undertakes an articulation between two theoretical-methodological bases: ge- nealogy, as worked by Nietzsche (2009) and Foucault (2018a, 2018b, 2018c), and French dis- course analysis, in the terms developed by Pêcheux (1998, 2014) and Orlandi (1999, 2021). During the analyzed period, 1780 journalistic texts published by Diario de Pernambuco were cataloged, which were divided into two blocks: the 1970 block, which includes the years 1969- 1971, and the 2015 block, from 2014 to 2016. The selection of the historical markers of the research is based on the perception that these are two periods of discursive accentuation of issues related to women's rights and gender violence in Brazil: the transition from the 1960s to the 1970s, in which gender and sexuality conventions underwent significant transformations, and the second half of the 2015s, when the popularization of law 11.340/2006, the Maria da Penha Law, and the promulgation of law 13.104/2015, the Feminicide Law, defined new ways of talking about the subject. The data found were presented in two parts. The first discusses the more general and structural aspects of the phenomenon, bringing information such as the num- ber of occurrences found in each period, the most frequently cited terms in the texts, and the main trends verified in the material studied. Based on the observation of this data, the analysis moves to the second part, which delimits and problematizes the main thematic axes around which the journalistic discourse of violence against women most frequently orbits: the objecti- fication of women, permeated by feelings of possession and control over the female body, the moralization of coverage (and the behavior of those involved), and the hybridization between the journalistic and the police/legal discourse. As a result of the investigation, it was perceived that although the fight for women's rights and against violence directed at them has made sig- nificant progress in the last fifty years, the main discursive lines of force identified in the 1960s still appear quite present in the journalistic discourse of the 2015s and continue to influence the ways in which the problem is thought about, spoken about, and acted upon. In this context, violence against women does not cease to exist or "evolve" over time, as common sense sug- gests. What happens is a refinement of this violence, a process of subtlety that inscribes cruelty, the war against the feminine, in everyday life, institutions, and discourses, particularly in the discourse of the media. Thus, even though journalistic coverage has progressively begun to discuss the phenomenon of violence under more critical lenses, this does not mean that the journalistic discourse has ceased to be violent, nor to reinforce, even subliminally, violence, stigmas, and processes of subjection.pt_BR
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/6871433739604898pt_BR
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Comunicação

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE Amanda Tavares de Melo Diniz .pdf7,31 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons