A trajetória das mulheres na área da educação e das ciências exatas em Pernambuco.

Abstract

O campo das ciências exatas sempre foi visto como um campo masculino, as exatas na licenciatura não são diferentes. Assim, o presente trabalho tem como principal objetivo buscar identificar quais as causas para o preconceito que as mulheres pernambucanas enfrentam em estar em um curso de exatas e evidenciar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na docência e na área das ciências exatas durante o percurso acadêmico e profissional. Na contemporaneidade, percebe-se que ainda existem muitos estereótipos de gênero que cercam o sexo feminino em muitas escolhas da sua vida. Dessa forma, os objetivos específicos deste trabalho buscam identificar quais os desafios sociais encontrados pelas mulheres em seu cotidiano; investigar se/ou quais preconceitos as mulheres que trabalham na educação matemática em Pernambuco sofreram, tanto durante sua formação, quanto em sua vida profissional e identificar as dificuldades que as pernambucanas matemáticas enfrentam em sua trajetória acadêmica e profissional, o que muitas vezes as influenciam e as desmotivam. Logo, evidencia-se que esta pesquisa tem caráter qualitativa e seu corpus foi constituído por transcrições de entrevistas do tipo estruturada, com dez professoras pernambucanas de exatas de cidades diferentes. A análise de dados desenvolvida foi de caráter exploratório e descritivo, visto que mostrou que atualmente a licenciatura na área de ciências exatas também é um lugar pra mulheres, mas que ainda há preconceitos e estereótipos que influenciam a desistência de mulheres em tal área, pois há diversos fatores que dificultam sua permanência, como a subestimação de sua capacidade, estereótipo do devido lugar feminino entre muitos outros fatores que deixam a entrada das mulheres na referida área um lugar marcado por estereótipos e preconceitos de gênero.