Envelhecimento da população rural: qualidade de vida e reflexões para a terapia ocupacional

Abstract

Introdução: O envelhecimento pode ser compreendido como um processo inevitável de mudanças naturais que envolve diversos fatores emocionais, físicos e socioeconômicos. Nesse sentido, as pessoas idosas do campo, no Brasil, são intensamente marcadas pelas desigualdades sociais e particularidades do local em que vivem e, consequentemente, repercutem diretamente na qualidade de vida delas. Logo, o terapeuta ocupacional pode desenvolver, estimular e resgatar atividades para manter o envelhecimento ativo da pessoa idosa do campo. Objetivo: compreender a qualidade de vida da pessoa idosa que reside na zona rural e as possíveis reflexões para a área da Terapia Ocupacional. Métodos: Este trabalho caracteriza-se como um estudo de campo com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada na cidade de Barreiros-PE, tendo como participantes 10 pessoas idosas que recebem cobertura pela unidade de saúde local. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual semiestruturada e os resultados foram analisados por meio do método de análise de conteúdo de Bardin. Resultados e discussão: O estudo observou um grupo de pessoas idosas com vulnerabilidade socioeconômica. Foram identificados os principais fatores que influenciam a qualidade de vida no meio rural, dentre eles a baixa escolaridade, dificuldade de acesso à saúde e financeira. Conclusão: Os resultados desta pesquisa apontam para a vulnerabilidade socioeconômica e dificuldade de acesso a políticas públicas no quesito saúde e educação. Com isso, a Terapia Ocupacional desempenha um papel importante, pois estimula o envelhecimento saudável e a participação com autonomia e independência nas atividades cotidianas.