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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50142
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Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.advisor | VIEIRA, Regina Stela Corrêa | - |
dc.contributor.author | CALDAS, Isadora de Lima | - |
dc.date.accessioned | 2023-05-12T18:01:58Z | - |
dc.date.available | 2023-05-12T18:01:58Z | - |
dc.date.issued | 2023-04-27 | - |
dc.date.submitted | 2023-04-28 | - |
dc.identifier.citation | CALDAS, Isadora. Subordinação e trabalho doméstico não remunerado: enxergando as limitações do Direito do Trabalho a partir do trabalho do cuidado. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Direito) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50142 | - |
dc.description.abstract | O Direito do Trabalho seleciona como objeto central de proteção e análise o trabalho livre-subordinado dentro da relação empregatícia apontando uma série de pressupostos fático-jurídicos que configuram uma dada prestação laboral como emprego. Dentre esses pressupostos, à ideia da subordinação se atribui um papel de destaque na medida em que encapsula a relação de domínio/sujeição própria às relações entre empregados e empregadores. Por meio da subordinação, o Direito reconhece o desequilíbrio de poder entre as partes que justifica a tutela jurídica juslaboral. A conceituação construída ao redor da subordinação, porém, restringe a compreensão do fenômeno dentro de uma dimensão puramente jurídica, restringindo a relação de sujeição aos limites do contrato de trabalho. É possível, contudo, descortinar uma ampla gama de atividades que passam despercebidas pela abordagem clássica do Direito do Trabalho às categorias laborais, especialmente ao estreitar a análise para a centralização do trabalho de cuidado. Esta ocultação imposta parece resultar dos processos em que o ordenamento jurídico endossa a negação e a invisibilidade da mulher, reforçando a partilha desigual de responsabilidades no espaço familiar, sobretudo no que diz respeito às atividades voltadas para a preservação do bem-estar da família. Impulsionada por uma revisão bibliográfica que abrange os limites do conceito jurídico de subordinação, bem como por materiais escritos sobre o trabalho feminino e o debate ao redor do trabalho da dona de casa, as conclusões a que se chega neste estudo apontam para a noção de que o fardo da responsabilidade das mulheres pode ser enquadrado numa lógica eminentemente biológica e determinista, centrada na associação dos papéis sociais tipicamente femininos com uma vocação inata e como um dever moral de cuidar dos outros. Ao reconhecer a divisão de tarefas entre homens e mulheres, a noção materialista das relações sociais de sexo descortina um campo de disputa simbólica e material por espaços na esfera pública e privada expresso pela divisão sexual do trabalho e pela desvalorização atribuída a trabalhos tipicamente femininos. Nesse contexto, o trabalho de cuidado aparece como uma categoria hipercomplexa e profundamente entrecortada por tensões sociais, tão emaranhada por particularidades que não se compatibiliza plenamente com o paradigma idealizado pelo Direito do Trabalho para a extensão de sua tutela protetiva. Dentro do que fica de fora do conceito de trabalho, o trabalho doméstico não remunerado é um dos exemplos de atividades desprotegidas que revelam as contradições do ordenamento jurídico-trabalhista. Partindo dessas contradições é possível apontar as limitações da proteção jurídica ao trabalho, indiciando os caminhos que podem ser adotados pelo Direito para sua ampliação. | pt_BR |
dc.format.extent | 78p. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | openAccess | pt_BR |
dc.rights.uri | https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ | * |
dc.subject | Direito do Trabalho; | pt_BR |
dc.subject | subordinação; | pt_BR |
dc.subject | trabalho de mulheres; | pt_BR |
dc.subject | cuidado. | pt_BR |
dc.title | Subordinação e trabalho doméstico não remunerado: enxergando as limitações do Direito do Trabalho a partir do trabalho do cuidado | pt_BR |
dc.type | bachelorThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/2219163393126617 | pt_BR |
dc.degree.level | Graduacao | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/4740801827964310 | pt_BR |
dc.description.abstractx | The central object of the protection designed by Labor Law's institutions lies within the employment relationship as characterized by an exhaustive list of legal-factual premises. Chief among these premises, the idea of subordination encapsulates the relationship of dominance/subjection withheld within the employment contract. It is through subordination that the Labor Law recognizes the imbalance of power among employer and employee that justifies the adoption of a different legal treatment. The conceptualization built around subordination, however, restricts the understanding of the phenomenon within a purely legal dimension, restricting the relationship of subjection to the limits of the employment contract. It is possible, however, to uncover a wide range of activities that go unrecognized by the classic approach adopted by Labor Law towards labor categories, especially by narrowing the analysis towards the centralization of care work. This imposed concealment seems to represent the processes in which the Law endorses the denial and invisibility of women by reinforcing their unequal share of responsibility within the household, especially in relation to preserving the well-being of the family. Propelled by a bibliographic review encompassing the limits of the legal concept of subordination, as well as a variety of material written about women’s work and the housewife debate, the conclusions arrived at this study point at the notion that the burden of responsibility beared by women can be enclosed within a highly biological and deterministic logic centered around the association of typical female social roles with an innate vocation and as a moral duty to care for others. In recognising the division of tasks between men and women, the materialistic notion of sex-mediated social relations uncover a field of symbolic and material dispute for spaces in the public and private sphere as expressed by the sexual division of labor and the devaluation attributed to typically female jobs. In this context, care work appears as a hypercomplex and deeply intersected category so entangled by particularities that its experiences cannot be fully compatible with the idealized paradigm of Labor Law's protection efforts. Domestic work is one of the examples of unprotected activities by which the contradictions inherents to the legal-labor system can be revealed. By shedding light on these contradictions it is possible to point out the limited scope of the legal protection surrounding labor, indicating possible paths to be adopted for its expansion. | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Áreas::Ciências Sociais Aplicadas::Direito | pt_BR |
dc.degree.departament | ::(CCJ-DDPE) - Departamento de Direito Público Especializado | pt_BR |
dc.degree.graduation | ::CCJ-Curso de Direito | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.degree.local | Recife | pt_BR |
Aparece nas coleções: | (CCJ) - TCC - Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação |
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