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Título : Perfil sociodemográfico e clínico-laboratorial de pacientes com COVID-19 internados em hospital terciário na cidade do Recife, Nordeste do Brasil
Autor : SILVA, Laura Emanuelle
Palabras clave : COVID-19; SARS-CoV-2; Característica clínica-epidemiológica; Gravidade; Laboratório; Exame laboratorial
Fecha de publicación : 25-feb-2022
Editorial : Universidade Federal de Pernambuco
Citación : SILVA, Laura Emanuelle. Perfil sociodemográfico e clínico-laboratorial de pacientes com COVID -19 internados em hospital terciário na cidade do Recife, Nordeste do Brasil. 2022. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
Resumen : Desde os relatos dos primeiros casos de COVID-19 em dezembro de 2019 na China, a doença se dispersou por todo o mundo, com cerca de 370 milhões de casos e 5.6 milhões de óbitos em fevereiro de 2022. Em 80% dos casos, a doença se apresenta com um quadro leve, com poucos sintomas respiratórios. Cerca de 20% necessitam de internamento hospitalar, e destes 5% podem evoluir com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos surtos causados pela cepa original e outras variantes como Alpha, Beta e Gama. Manifestações clínicas, presença de comorbidades e alterações laboratoriais têm sido estudadas na avaliação do paciente com COVID-19, na tentativa de identificar fatores de riscos associados à gravidade, porém não há uniformidade dos resultados devido às diferentes metodologias utilizadas. Com o objetivo de descrever o perfil clínico-epidemiológico e laboratorial e os fatores de risco associados às formas graves da doença, realizou-se uma coorte prospectiva em um hospital do Recife, Pernambuco, nordeste do Brasil. No período de maio a setembro de 2020, foram recrutados 95 casos suspeitos de COVID-19, desses 75 (79%) pacientes foram confirmados para COVID19, sendo 48 (64%) do sexo feminino, com média de idade de 67,5 ± 12,2 anos (média ± dp), com predomínio da faixa etária acima de 65 anos ou mais (62,7%). Dos 75 pacientes, 31 (45,6%) tinham renda familiar de até 1 salário-mínimo e 36 (54,5%) tinham escolaridade até o ensino fundamental. O tempo entre o início dos sintomas e a internação foi uma mediana de 7 (4-11) dias. Na admissão os sintomas gerais mais frequentes foram astenia (73,3%), febre (60%), anorexia (56%), cefaleia (45,3%), mialgia (34,7%). Entre os sintomas respiratórios, a tosse seca foi o mais frequente (65,3%), seguido de dispneia (64%) e tosse produtiva (44%). Diarreia esteve presente em 37,3% dos casos, sonolência em 34,7%, e confusão mental em 2,7%. Dos 75 pacientes, 31 (41%) foram classificados como graves. Sete pacientes foram a óbitos (9%). Na admissão, na análise univariada, apenas tosse produtiva foi mais frequentemente relatada entre pacientes graves 64,5% (p=0,075). Na análise da associação da gravidade do caso com as variáveis longitudinais (medidas repetidas durante o período de internação) para os exames laboratoriais, observou-se associação com formas graves a presença de elevação de plaquetas (OR (IC95%): 1,009 (1,003 – 1,105); p = 0,003), INR alterado OR (IC95%): 1,005 (1,0001 – 1,010); p = 0,029), D-Dímero elevado OR (IC95%): 4,07 (1,71 – 9,69); p = 0,002), ureia elevada OR (IC95%): 1,003 (1,001 – 1,004); p = 0.013, hipernatremia OR (IC95%): 7,05 (1,42 – 34,9); p = 0,017, hipercalemia OR (IC95%): 3,38 (1,35 – 8,45); p = 0,009), aspartato aminotransferase elevadas (AST) OR (IC95%): 1,006 (1,001 – 1,011); p = 0,007), fosfatase alcalina OR (IC95%):1,017 (0,999 – 1,035); p = 0,051, GGT elevadas (OR (IC95%): 3,08 (1,20 – 7,89); p =0,019) e aumento da Bilirrubina direta (BD) (OR (IC95%): 1,039 (1,007 – 1,071); p = 0,017). Na análise multivariada de medidas clínicas e laboratoriais na admissão foi observado uma associação da gravidade do caso de COVID-19 com asma (OR: 4,58., IC: 1,13 – 18.7; p=0,034), com a anorexia (OR 1,123; IC: 1,016 – 1242; p= 0,040) e em relação as alterações laboratoriais o modelo demonstrou uma associação com elevação de plaquetas, dímero D elevado, sódio elevado, potássio elevado, GGT e AST elevados. O presente estudo foi composto por uma amostra predominantemente de idosos, com 45% dos casos evoluindo para a forma grave da doença e com letalidade de 9%, semelhante ao encontrado em outros centros no mundo. Não se observou diferenças na frequência de comorbidades como hipertensão e diabetes nas formas graves o que pode sugerir que apenas ser portador da doença (variável dicotômica) pode não estar associado ao risco. Na avaliação de fatores de risco, a asma, tosse produtiva e anorexia estão associados a formas graves da doença. Na avaliação multivariada de alterações laboratoriais ao longo da internação, as alterações de enzimas hepáticas e fatores de coagulação, que estão em parte inter-relacionados, representam um importante marcador de gravidade semelhante aos dados da literatura, apesar de resultados nem sempre concordantes. A amostra pequena pode ter limitado outras associações. A identificação de características clínicas e evolutivas e fatores de risco associados à doença encontrados no estudo, particularmente as formas graves, poderá auxiliar no manejo clínico desses pacientes, fazendo necessário mais estudos regionais prospectivos ampliando o número de participantes.
URI : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49850
Aparece en las colecciones: Dissertações de Mestrado - Medicina Tropical

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