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Título: Perturbações antrópicas e a produtividade primária na caatinga, Pernambuco, Brasil
Autor(es): KULKA, Daniele Duarte
Palavras-chave: Florestas; Vale do Catimbau; Brasil
Data do documento: 10-Jan-2023
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: KULKA, Daniele Duarte. Perturbações antrópicas e a produtividade primária na caatinga, Pernambuco, Brasil. 2023. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
Abstract: A produtividade primária líquida busca compreender a dinâmica dos ecossistemas através da produção e decomposição da serapilheira, sendo extremamente importante nas Florestas Tropicais Secas. O processo de decomposição é importante como fonte de nutrientes para comunidades florestais, pois determinam o fluxo de carbono e nutrientes (N, P, K, Ca e Mg) no solo. No entanto, a produção e decomposição da serapilheira são afetadas negativamente em ambientes antropizados com aumento da taxa de decomposição e diminuição do estoque final de nutrientes que retornarão ao solo. Portanto, este trabalho teve como objetivos: i) estimar a produção de serapilheira da Caatinga e estimar os fluxos de carbono e nutrientes relacionando-a com o uso da terra, condição climática e idade de regeneração florestal e ii) investigar como a precipitação e os distúrbios crônicos influenciam na decomposição foliar e alterações químicas da serapilheira através da dinâmica de C, N e P. O estudo foi realizado em 28 parcelas no Parque Nacional do Catimbau, na rede de parcelas permanente do PELD (Projeto de Extensão de Longa Duração), Catimbau, onde 13 parcelas com diferentes idades (10 a 76 anos) de regeneração e histórico de uso agrícola semelhante e 15 parcelas ao longo de um gradiente de precipitação de 510 a 940 mm e sem histórico de uso agrícola e classificadas num índice de perturbação antropogênica que varia de 0 a 100. A deposição de serapilheira foi registrada mensalmente a partir de cinco armadilhas de 0,5 m2 colocadas a 0,5 m acima do solo em cada parcela durante quatro anos. Para a velocidade de decomposição de serapilheira foram utilizadas amostras de folhas senescentes e utilizou-se a técnica litter bags. Foram estimadas para todas as amostras a perda de massa no início e após 360 dias de decomposição (coletas mensais). A média anual de serapilheira foi de 0,193 Mg ha-1 ano-1, variando entre 0,0035 e 0,564 Mg ha-1 ano-1. As diferenças na deposição de serapilheira foram significativas ao longo da cronossequência, mas o valor médio foi semelhante nas florestas maduras. Para a decomposição, os resultados evidenciam que a massa remanescente do experimento em 35,7% das parcelas em florestas maduras foi abaixo de 50% após 150 dias. Por outro lado, 57,1% das parcelas destas florestas maduras apresentaram massa remanescente abaixo de 50% após 210 dias, com padrão semelhante para as florestas em regeneração. Nosso estudo confirmou que a produção de serapilheira na Caatinga foi influenciada pela sazonalidade e pelos estágios sucessionais. Os distúrbios antrópicos afetaram negativamente a concentração de C, N e Mg nas florestas maduras. Já nas florestas em regeneração houve aumento na concentração de N e Ca quanto maior a cronossequência. No entanto, quanto mais avançado o processo de regeneração da floresta, menor a retenção de P na massa remanescente da serapilheira. Assim, este tema merece grande atenção, principalmente o escoamento de nutrientes pelas atividades humanas.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49511
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