Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49374

Compartilhe esta página

Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisorCOSTA, Flavia Zimmerle Da Nóbrega-
dc.contributor.authorSILVA, Bianca Gabriely Ferreira-
dc.date.accessioned2023-03-17T12:08:50Z-
dc.date.available2023-03-17T12:08:50Z-
dc.date.issued2022-12-30-
dc.identifier.citationSILVA, Bianca Gabriely Ferreira Harmonize-se: que epistemes fundamentam a medicalização no consumo de procedimentos de harmonização facial?. 2022. Tese (Doutorado em Administração) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49374-
dc.description.abstractAs rotinas de cuidado com rosto, corpo, cabelo e suas práticas de consumo, evidenciam-se como algo naturalizado e socialmente estimulado. Parte significativa da oferta e da procura de serviços para esse fim se localiza na estética do rosto, sendo o procedimento de harmonização facial um dos mais conhecidos e consumidos. Esse se constitui de um conjunto de técnicas e procedimentos combinados, voltados tanto para minimizar, ou ainda, prevenir os efeitos do tempo no rosto, bem como para propiciar a beleza pautada nas regras da proporção. A beleza é tida como uma questão de bem-estar, portanto de saúde, devendo ser assumida como um quase- dever pelos indivíduos. Nossa tese partiu do princípio de que esse entendimento de cuidado constante e preventivo com o corpo deveu-se aos efeitos do fenômeno denominado de medicalização indefinida por Michel Foucault. Para o autor, na sociedade disciplinar o indivíduo foi normalizado e as populações reguladas pelos processos de sujeição. Entendendo que o corpo historicamente foi foco de aprimoramento e adestramento constantes, propomos entender a harmonização facial como uma técnica que permite a modulação continuada do corpo e oferece um ideal de corporeidade como saúde. Considerando que as configurações dinâmicas que regem um conjunto de práticas discursivas em um dado período é compreendido por Foucault como uma episteme, nossa questão de pesquisa voltou-se para desvelar: Que epistemes fundamentam a medicalização da harmonização facial? Para responder essa pergunta, a trilha metodológica foucaultiana se mostrou pertinente e adequada ao trabalho, uma vez que está alinhada a proposta e a teoria social que o embasa. A partir da análise de discurso foucaultiana foram encontradas três formações discursivas: a medicalização sistemática da beleza naturalizou a harmonização facial como um investimento necessário e desejável de normalização dos indivíduos e da população; a harmonização facial evidencia como as normas da intervenção médica assertiva e da beleza como ideal e responsabilidade cotidiana conformam processos de sujeição; e a racionalidade política da medicalização da harmonização sofre contrapartida molecular de seu biopoder ampliado. Como saberes estruturantes que norteiam não só os procedimentos de harmonização facial, como também outros procedimentos, vislumbramos: autocuidado, juventude, oportunidade, vaidade, autoaperfeiçoamento e cientificidade. Os resultados evidenciam que os saberes da medicalização indefinida fizeram da beleza corporal um objeto de saúde a ser buscado pois, por meio da norma, promoveu processos de sujeição nos quais os indivíduos se reconhecem e produziu identidades coletivas biopolíticas que regulam a população, evidenciando as condições que sustentam a produção e a legitimação de discursos em torno dos corpos dóceis e úteis.pt_BR
dc.description.sponsorshipCNPqpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambucopt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectMedicalizaçãopt_BR
dc.subjectEpistemept_BR
dc.subjectAnálise do discursopt_BR
dc.titleHarmonize-se : que epistemes fundamentam a medicalização no consumo de procedimentos de harmonização facial?pt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0419687984635851pt_BR
dc.publisher.initialsUFPEpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5484105489714622pt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pos Graduacao em Administracaopt_BR
dc.description.abstractxThe care routines for the face, body, hair, and their consumption practices are evident as something naturalized and socially stimulated. A significant part of the supply and demand for services for this purpose is in facial aesthetics, with the facial harmonization procedure being one of the best known and most consumed. It consists of a set of combined techniques and procedures, aimed both at minimizing and even preventing the effects of time on the face, as well as at providing beauty based on the rules of proportion. Beauty is seen as a matter of well- being, therefore of health, and should be assumed almost as a duty by individuals. This thesis assumes that this understanding of constant and preventive care with beauty takes place due to the effects of the phenomenon called indefinite medicalization by Michel Foucault. For the author, in the disciplinary society the individual was normalized, and the populations were regulated by the processes of subjection. By understanding that bodies have historically been the focus of constant improvement and training, we propose to understand facial harmonization as a technique that allows the continuous body modulation and offers an ideal of corporeity as health. Considering that the dynamic configurations that govern a set of discursive practices in a given period are understood by Foucault as an episteme, our research question aims to unveil: What epistemes underlie the medicalization of facial harmonization? To answer this question, the Foucauldian methodological trail proved to be relevant and adequate to the work, since it is aligned with the proposal and the social theory that underpins it. Based on the Foucauldian discourse analysis, three discursive formations were found: the systematic medicalization of beauty has naturalized facial harmonization as a necessary and desirable investment in the normalization of individuals and the population; facial harmonization shows how the norms of assertive medical intervention and beauty as an ideal and daily responsibility shape processes of subjection; and normalization of beauty through medicalization is the subject of questioning. As structuring knowledge that guides not only facial harmonization procedures, but also other procedures, we envision: self-care, youth, opportunity, vanity, self-improvement and scientificity.The results show that the knowledge of undefined medicalization have made body beauty an object of health to be sought because, through the norm, it has promoted processes of subjection in which individuals recognize themselves and have produced biopolitical collective identities that regulate the population, highlighting the conditions that sustain the production and legitimation of discourses around docile and useful bodies.pt_BR
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Administração

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE Bianca Gabriely Ferreira Silva.pdf7,03 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons