Avaliação do impacto das mídias sociais na insatisfação com a imagem corporal em adolescentes

Abstract

O poder da mídia, fortalecido pela sociedade e pela globalização, impõe contradições. Redes sociais, meios de comunicação, internet, cinema e propagandas conduzem tanto ao apelo por hábitos de vida saudáveis e ao culto à beleza quanto ao estímulo do consumo de alimentos extremamente calóricos. O constante crescimento da preocupação por parte da população em relação à melhora da aparência ocorre devido à grande ênfase estabelecida pela mídia de um padrão ideal de imagem corporal. Com isso, a mídia se torna um objeto muito poderoso e de destaque no quesito de promoção a transtornos alimentares e distorção da imagem corporal, pois as pessoas se sentem pressionadas a estarem dentro de um padrão ideal de beleza. Assim, objetivamos avaliar a influência da mídia na insatisfação com a imagem corporal em adolescentes da cidade de Vitória de Santo Antão. Os alunos responderam a questionários auto aplicativos sobre a insatisfação com a imagem corporal, influências da mídia e fatores sociodemográficos. Cento e cinquenta e quatro adolescentes participaram do estudo. Para a análise dos dados foi utilizado o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 13.0 e os dados foram digitados no programa Microsoft Excel 2016. Após análise cerca de 47,36% do sexo masculino apresentaram uma forte influência sobre a mídia, enquanto que no sexo feminino foram 50%. Não foi observada diferença entre os sexos nas médias mensuradas pelo SATAQ-3. Houve uma maior frequência de insatisfação com a imagem corporal nas mulheres (58,33±21,647) do que em homens (54,67±24,136), sendo os dados expressos como mediana e desvio padrão. Após o cruzamento dos dados não houve correlação positiva entre a mídia e a insatisfação com a imagem corporal. Foram utilizados os valores acima da mediana para cada sexo como alta frequência para desenvolver insatisfação com a imagem corporal em padrões expostos pelas mídias. Em adição, números menores em relação a cada mediana encontrada por sexo, como baixa frequência supracitada. Sendo assim, é possível destacar que não houve uma correlação positiva da influência da mídia sobre a insatisfação com a imagem corporal.