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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48989
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Título: | Mapeamento geológico-estrutural da região da Serra das Russas : zona de cisalhamento Pernambuco Leste, nordeste do Brasil |
Autor(es): | COSTA, Luís Felipe Machado da |
Palavras-chave: | Geologia; Zona de cisalhamento Pernambuco Leste; Deformação dúctil-rúptil; Milonito |
Data do documento: | 13-Nov-2020 |
Citação: | COSTA, Luís Felipe Machado da. Mapeamento geológico-estrutural da região da Serra das Russas: zona de cisalhamento Pernambuco leste, nordeste do brasil. 2020. 98 f. TCC (Graduação) - Curso de Geologia, Centro de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
Abstract: | A Zona de Cisalhamento Pernambuco Leste (ZCPE), na região da Serra das Russas (Gravatá-PE), consiste de uma faixa milonítica anastomosada, limitada a norte pelo Complexo Surubim-Caroalina e a sul por granitoides brasilianos. Este trabalho visa o mapeamento geológico, com foco na análise estrutural de macro- a microescala dessa porção da ZCPE, afim de determinar a evolução da deformação dúctil-rúptil local. A área de estudo é amplamente afetada pela deformação transcorrente Neoproterozoica, o que conferiu uma foliação regional ENE-WSW com alta intensidade de mergulho e gerou a ZCPE nesta mesma direção e Z.C subordinadas na direção NE-SW. A cinemática destral da transcorrência é claramente definida por indicadores como trama S-C e tipo-C’, foliação oblíqua de quartzo, porfiroclastos assimétricos de feldspato e mica fish. Apenas uma Z.C subordinada, na região NW da área, apresenta cinemática sinistral. O Complexo Surubim-Caroalina é composto por paragnaisses quartzo-feldspáticos com granada e sillimanita e mica-xistos com granada; que foram deformados e rotacionados pela deformação transcorrente. A ZCPE é caracterizada por uma porção de ultramilonitos bandados de composição granítica a diorítica; e uma porção milonítica essencialmente granítica. Os dois litotipos de granitoides são classificados como anfibólio- biotita-granito com enclaves intermediários/máficos associados e biotita-muscovita-granito. As estruturas observadas sugerem que foram alojados e deformados pela deformação transcorrente, assim, são definidos como plútons sin- a tarditectônicos. Em imagens de satélite e aerogeofísicas, foram obtidas direções preferenciais de lineamentos ENE-WNW e NW-NE. Em mesoescala, os ultramilonitos apresentam (i) dobras sinformes e antiformes, normais com eixo sub-horizontal e as superfícies axiais subparalelas à foliação, sugerindo que as dobras são resultantes da deformação progressiva; (ii) sistema de falhas transcorrentes com direções NW- NE (destral), NNE-SSW (sinistral) e ENE-WSW (destral), que foram interpretadas, respectivamente, como as falhas R, R’ e D do modelo de cisalhamento de Riedel. A análise microtectônica mostrou que o quartzo possui intensa recristalização por bulging nos ultramilonitos e mais proeminente por rotação de subgrão nos milonitos. E o feldspato ocorre como porfiroclastos, predominantemente, fraturados e cominuídos nos ultramilonitos, enquanto que nos milonitos, deformados plasticamente com recristalização incipiente por bulging, e menos frequente, apresentam microestrutura manto-e-núcleo e mirmequita. Além disso, foi observado bandas de cisalhamento (C’) e microfalhas sintéticas e antitéticas, que correspondem ao par conjugado R e R’, respectivamente. Assim, os resultados mostram que: (a) as microestruturas associadas ao comportamento reológico dúctil-rúptil dos minerais sugerem que a deformação ocorreu de forma gradativa, de condições metamórficas de médio para baixo grau, equivalente à fácies xisto verde; sendo o baixo grau de deformação, em temperatura média de 400 oC, o registro predominante; (ii) considerando que as estruturas em diferentes escalas de observação possuem direções similares; que as bandas de cisalhamento representam uma transição de regime dúctil-rúptil (evolução de C’ para falhas sintéticas) e que as microfalhas estão localmente deformadas ao longo da foliação, indicando que foram afetadas pelo cisalhamento; estas estruturas possuem evidências de que são sintectônicas. Portanto, os dados corroboram para a interpretação de que a deformação ocorreu em regime de transição dúctil- rúptil, de forma evolutiva dentro do mesmo evento tectônico da Orogênese Brasiliana. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48989 |
Aparece nas coleções: | (TCC) - Geologia |
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