Percepção de autoeficácia, intensidade da dor, sensibilização central e percepção de esforço em pacientes com dor persistente: estudo transversal

Abstract

Introdução: A dor persistente sofre influências de aspectos biopsicossociais. Junto a isto, o isolamento social devido à pandemia da Covid-19 pode ter contribuído para piora da percepção dolorosa. Objetivo: Avaliar a percepção de autoeficácia, percepção de esforço, sensibilização central e intensidade da dor, em pessoas com dor persistente. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal, realizado de forma remota, com pessoas entre 18 e 60 anos de idade, com queixa de dor persistente. Usou-se o Índice de sensibilização central para a avaliação da sensibilização central ao passo que a escala de autoeficácia foi utilizada para avaliar a percepção de autoeficácia. Para a avaliação da intensidade da dor foi utilizada a Escala Visual Analógica e a Escala de Borg para a avaliação da percepção de esforço, juntamente com o teste de sentar e levantar. Resultados: Foram incluídos 25 voluntários, sendo 84% do sexo feminino. Mais da metade da amostra apresentou uma dor de intensidade moderada (64%). A percepção de autoeficácia (Beta=-0,640; t=-3,00; p=0,010) foi um preditor da sensibilização central. Na percepção de esforço, obteve uma média de Borg 7,16± 1,82 antes do teste e 9,88± 2,16 pós-teste. Conclusão: A sensibilização central, a intensidade da dor, a percepção de autoeficácia e a percepção de esforço são fatores que estão relacionados à dor persistente. A percepção de autoeficácia é um preditor da sensibilização central.