A presença da figura feminina como cuidador principal em programa de reabilitação e porquê esse olhar merece ser ampliado.

Abstract

INTRODUÇÃO: A família é o fio condutor para a construção das relações do indivíduo como ser-no-mundo. Tornar-se e se perceber como um familiar cuidador de criança com deficiência pode acarretar uma ruptura do futuro traçado. Mesmo com a modernização da sociedade em relação às expectativas culturais sobre gênero, relações familiares e distribuição de responsabilidades, ainda atribui-se diretamente a obrigatoriedade do cuidado de crianças à figura materna. OBJETIVO: Estruturar um plano de ação voltado ao acolhimento e cuidado às cuidadoras de crianças com deficiência. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de uma estudante de fisioterapia, a partir do diagnóstico situacional obtido durante a vivência diária no ambulatório de fisioterapia, que foi o campo de estágio. Foram feitas perguntas norteadoras e, baseadas nos relatos das mulheres cuidadoras de crianças com deficiência, foi construído um plano de ação para atender demandas reais. RESULTADOS: Com esse relato de experiência, as narrativas dos progenitores e cuidadores podem provocar reflexões e explorar vertentes baseadas em suas visões e vivências dos fatos. Solução para os longos períodos de subutilização do tempo dos cuidadores, enquanto estão nas salas de espera, recursos de baixo custo, parcerias interprofissionais, entre outras atividades. CONCLUSÃO: Embora mais estudos sejam necessários envolvendo essa temática, espera-se que os relatos trazidos sejam fator contribuinte e despertador para a reflexão de contextos, podendo servir como agente impulsionador de outros estudos e ações com o intuito de consolidar a relação triangular de criança-família-terapeuta.