Experienciar o virtual: tecnologias de Realidade Estendida e suas aplicações na Visualização Arquitetônica

Abstract

O presente trabalho visa a difusão de conhecimento a respeito das aplicações de Realidade Estendida no campo da Visualização Arquitetônica, através da elaboração de uma revisão de literatura comentada que reúne as contribuições teóricas, práticas, e seus impactos na área da Arquitetura e Urbanismo. A Visualização Arquitetônica relaciona-se com a Computação Gráfica, sendo um processo de experimentação de modelos arquitetônicos virtuais criados por meio de modelagens digitais complexas e artifícios de renderização de imagens fotorrealistas. Uma das formas de se visualizar e interagir com tais modelos arquitetônicos virtuais é através da Realidade Estendida, um conceito que engloba tecnologias que combinam a nossa realidade com o mundo virtual, dividindo-se em três componentes, cada qual integrando mais ou menos elementos virtuais ao mundo real: a Realidade Aumentada, Virtualidade Aumentada e Realidade Virtual (MILGRAM, 1994). Dada sua relativa recenticidade e o acesso dificultado a meios de informação detalhados especializados no assunto, pode-se apontar uma certa confusão por parte do público leigo a respeito da definição de cada uma dessas três tecnologias que compõem a Realidade Estendida e como elas se relacionam com a área de Visualização Arquitetônica. Dessa forma, buscou-se apresentar de forma organizada informações que contribuam para o entendimento gradual de cada uma das instâncias dessa tecnologia, adquiridas através de pesquisas exploratórias e bibliográficas por contribuições a respeito do tema. Através da análise dos conteúdos especializados e visões relacionadas a cada uma das instâncias da Realidade Estendida aplicada na Visualização Arquitetônica, pôde-se observar que, graças à sua versatilidade e relativa facilidade de manuseio, a Realidade Virtual vem sendo a instância de Realidade Estendida mais aplicada nesta área, superando a Realidade Aumentada e a Virtualidade Aumentada, que, por sua vez, é a tecnologia menos empregada na exibição de elementos arquitetônicos, graças às suas limitações ainda presentes. Conforme o nível de desenvolvimento tecnológico, acessibilidade ao público consumidor e facilidade de desenvolvimento vão aumentando, as tecnologias de Realidade Estendida vão encontrando cada vez mais uso dentro da Visualização Arquitetônica, e, futuramente, aquelas aplicações que hoje ainda são pouco exploradas, podem se tornar viáveis à medida em que suas limitações diminuem.