Anticoncepcionais Orais Registrados na Anvisa: Prevalência e Riscos Associados

Abstract

A contracepção hormonal oral é um mecanismo muito recorrente na vida sexual das mulheres principalmente no que diz respeito ao planejamento familiar. Embora seja necessário o acesso a esses medicamentos, seu uso de forma racional continua sendo um desafio de saúde pública. A pílula anticoncepcional hormonal oral pode ser formulada apenas com progestogênios ou em associações com estrogênios, todavia seu uso prolongado tem gerado repercussões significativas advindos dos efeitos colaterais recorrentes. Nessa perspectiva, o objetivo geral da pesquisa foi descrever os anticoncepcionais hormonais orais registrados na ANVISA e correlacionar aqueles prevalentes com os riscos associados a seu uso crônico. trata-se de um levantamento de dados secundários, do tipo descritivo transversal, de abordagem quantitativa. De maneira geral foram encontradas 166 especialidades farmacêuticas registradas no site da ANVISA. Dentre os princípios ativos mais prevalentes em monoterapia encontra-se o progestagênio desogestrel com 56, 52%, seguido o levonorgestrel com 34,78%. No que se refere à terapia combinada, o estrogênio etinilestradiol é o principal princípio ativo com 36,71% seguida do progestagênio drospirenona e acetato de clormadinona. No que diz respeito às combinações mais prevalentes o etinilestradiol + drospirenona são as principais com 24,80%. Quanto às principais formas farmacêuticas e vias de administração em monoterapia foram encontradas 46 formulações, enquanto que terapia combinada apresenta uma diversidade maior com 128 apresentações. O principal princípio ativo entre os medicamentos de referência foi o etinilestradiol, quanto aos genéricos encontra-se o desogestrel sendo a principal substância ativa. Os efeitos colaterais causados pelos anticoncepcionais orais (ACOs), são diversos como, alterações metabólicas, cardiovasculares, cutâneas, ovarianas e dentre outras. Portanto, conhecer sobre os riscos associados ao uso contínuo dos contraceptivos orais poderão contribuir para ações e estratégias de prevenção no setor saúde, assim como, subsidiar novos estudos a respeito dessa temática