Envelhecimento populacional e a sustentabilidade do mercado de saúde suplementar

Abstract

A Teoria da Transição Demográfica explica que o atual cenário populacional é representado por baixas taxas natalidade e mortalidade. Uma das consequências desta teoria é um fenômeno chamado “Envelhecimento da População”. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de idosos na população em 2010 era de 7,32% e, em 2060, foi projetado que o grupo de pessoas acima de 59 anos representarão cerca de 25,5% da população. Os idosos requerem diversos cuidados, visto que, possuem uma saúde mais fragilizada em função da idade mais avançada, necessitando de tratamentos, exames e medicamentos com mais frequência do que um jovem. Diante disso, a tendência é que os custos assistenciais também aumentem com ao longo do tempo, visto que o Envelhecimento Populacional aumenta o quantitativo de idosos na população. Neste estudo, foi analisado a base de dados de beneficiários de uma operadora de plano de saúde brasileira. Em janeiro de 2017 haviam 210.471 beneficiários ativos, sendo que 26.430 (12,6%) possuem 59 anos ou mais. Ademais, foi realizada uma projeção, a partir de julho de 2022, para os próximos 10 anos (julho de 2032) na qual pode-se observar que o quantitativo desse grupo passou a representar 24,5%. Os resultados observados na análise do padrão assistencial dessa operadora de saúde corroboram que padrão de envelhecimento populacional irá impulsionar o aumento dos custos assistenciais. A manutenção do Mercado de Saúde Suplementar é essencial para manter o equilíbrio da gestão de saúde da população e não sobrecarregar o Sistema Único de Saúde (SUS), diante da real relevância deste setor, é importante mantê-lo da melhor forma possível e se atentar aos fatos que podem gerar a ruptura deste mercado a longo prazo. Sendo assim, o objetivo deste estudo é elucidar os efeitos do envelhecimento populacional com o aumento de gastos com saúde.