O que dizem os artigos científicos sobre a Esquistossomose mansoni nos livros de Biologia: uma revisão integrativa

Abstract

A esquistossomose mansoni (EM) contribui para o agravamento da saúde pública em vários países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a EM como uma Doença Tropical Negligenciada que ocupa o segundo lugar em relevância no mundo. No Brasil, as regiões mais afetadas são o Sudeste e o Nordeste. Na Zona da mata pernambucana foi assinalado, em 2010, 3,7% de positividade e, no intervalo de 2011 a 2019, os óbitos atingiram percentuais de 48,82 para a região metropolitana e 32,13 para a zona rural. Jovens em idade escolar (7 a 17 anos) foram apontados pelo Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose e das Geohelmintoses como os mais acometidos. Conteúdos sobre o Schistosoma mansoni e a EM são trabalhados nas escolas geralmente por meio dos livros didáticos, mas a epidemiologia sugere que os 2 escolares não estão conseguindo aplicar os conhecimentos para impedir a infecção, fazer regularmente o exame fezes e o reconhecimento dos sinais clínicos de fase aguda, medidas que aceleram o início do tratamento, aumentando assim as chances de cura. O presente estudo buscou conhecer, por meio de uma revisão integrativa, as avaliações dos conteúdos da EM presentes nos livros de Biologia, divulgadas em artigos científicos completos e disponíveis na base de dados Periódicos Capes, no período de 2016 a 2021. Nessa busca, utilizou-se a estratégia de PICO, operador boleano “AND” e os descritores: “livro didático”, “Parasitologia”, “Esquistossomose” e “Schistosoma mansoni” em português, inglês e espanhol. Foram localizados 37 artigos. Trinta e dois derivaram do cruzamento entre os descritores “Textbook AND parasitology”. Trinta e três artigos foram excluídos por não atenderem aos critérios estabelecidos, por duplicidade ou incoerência quanto aos descritores. Os quatro artigos restantes foram lidos na íntegra e excluídos porque não contemplaram o objetivo central desse estudo.