Pobreza em Pernambuco uma abordagem das capacitações e necessidades básicas.

Abstract

O presente trabalho objetiva analisar a pobreza no Estado de Pernambuco nos anos de 2009 e 2013 com dados extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) tendo como base a Teoria da Abordagem das Capacitações e das Necessidade Básicas. Essas abordagens além da renda analisam outros aspectos da pobreza como saúde, educação, trabalho, transporte, moradia entre outros. A pobreza mensurada apenas pelo prisma monetário é motivo de questionamentos mundiais, uma vez que se incorre no risco de subestimar a real magnitude da pobreza. Para atender o objetivo proposto realizou-se uma análise descritiva de seis dimensões (moradia, saneamento, educação, trabalho, demografia e renda) baseada na metodologia empregada por Lacerda (2009). Essa análise foi realizada para os pobres e não pobres de Pernambuco para as áreas rural, urbana e metropolitana (rural não metropolitano e urbano não metropolitano) também foi realizada uma análise dos indicadores monetários de pobreza Foster, Gree e Thorbecke (1984) para os anos de 2009 e 2013 estimados por Rocha (2013) a fim de analisar a pobreza sob o prisma monetário e comparar com os resultados da análise descritiva. Entre os principais resultados encontrados verificou-se que a região rural de Pernambuco para o grupo de pobres e não pobres sofre maiores privações de necessidades básicas, os resultados da análise descritiva demonstraram uma elevada discrepância da região rural em relação à a região urbana e metropolitana no que diz respeito ao acesso às necessidades básicas. No que se refere à análise monetária identificou-se que a região metropolitana do Recife contém uma maior proporção de pobres e severidade da pobreza.