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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44842
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Título: | Esporotricose em Pernambuco : diagnóstico, descrição epidemiológica, caracterização genômica e antifúngica dos isolados do complexo Sporothrix schenckii |
Autor(es): | VALERIANO, Carlos Alberto Tiburcio |
Palavras-chave: | Micoses fungóides; Antimicóticos; Epidemiologia |
Data do documento: | 26-Fev-2021 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | VALERIANO, Carlos Alberto Tiburcio. Esporotricose em Pernambuco: diagnóstico, descrição epidemiológica, caracterização genômica e antifúngica. 2021. Tese (Doutorado em Biologia de Fungos) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021 |
Abstract: | A esporotricose, é uma micose subcutânea causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii, e apresenta distribuição mundial. S. brasiliensis, espécie endêmica do Brasil, é responsável pela epidemia no Rio de Janeiro, a qual apresenta como principal característica a transmissão zoonótica por acidente com gatos acometidos. Em Pernambuco, a esporotricose humana é doença de notificação compulsória. O presente trabalho teve o objetivo de descrever a epidemiologia da esporotricose em Pernambuco, bem como o perfil de sensibilidade antifúngica dos isolados obtidos e propor alternativas terapêuticas. Amostras clínicas de humanos foram obtidas por coleta micológica realizada em um hospital público, e isolados de Sporothrix sp. de felinos, através do Laboratório de Endemias de Pernambuco. O diagnóstico foi obtido por isolamento do patógeno e visualização de estruturas micomorfológicas. Isolados foram identificados genotipicamente por sequenciamento do gene CAL, e testes de sensibilidade antifúngica realizados pelo método de microdiluição em caldo. Extratos hidroalcóolicos de três espécies de plantas nativas do Nordeste foram testados contra os isolados clínicos. 59 casos de esporotricose humana e 51 de esporotricose felina foram descritos em Pernambuco, sendo S. brasiliensis a espécie prevalente, com apenas duas ocorrências de S. schenckii em humanos. A Região Metropolitana do Recife (RMR) apresentou maior ocorrência da esporotricose felina e humana com 99,99% e 91%, respectivamente, do total de casos. Recife e Olinda apresentaram o maior número de casos (26 em Recife e 49 em Olinda). A transmissão zoonótica ocorreu em 89,9% dos casos em humanos. As formas linfocutâneas e cutânea fixa foram as mais frequentes, e membros superiores os mais afetados (58,9%). O Gênero feminino foi o mais acometido (74,6% dos casos), sendo aposentadas e trabalhadoras do lar as mais afetadas. Gatos machos foram os mais acometidos (75%), ocorrendo lesões disseminadas em 29,7% dos casos. Isolados clínicos apresentaram sensibilidade a três antifúngicos utilizados no tratamento da esporotricose: itraconazol (1 μg/mL para ambas as espécies), anfotericina B (1,3 μg/mL para S. brasiliensis e 0,7 μg/mL para S. schenckii) e terbinafina (0,3 μg/mL para S. brasiliensis e 1,25 μg/mL para S. schenckii), com alguns casos de resistência de S. brasiliensis a itraconazol e terbinafina. Todos os extratos apresentaram atividade frente às duas espécies identificadas, com melhor atividade apresentada pelo extrato de aroeira (Schinus terebinthifolius) com CIM média de 3 μg/mL para S. brasiliensis e 2 μg/mL para S. schenckii. A esporotricose em Pernambuco apresenta características epidemiológicas semelhantes às apresentadas em surtos descritos no Brasil, representando um problema de saúde pública. S. brasiliensis é a espécie prevalente associada à transmissão zoonótica, e apresenta emergência na resistência a antifúngicos. Extratos naturais se apresentam como potenciais propostas terapêuticas para tratamento da esporotricose no futuro. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44842 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Biologia de Fungos |
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