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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44444
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Title: | Microfísica do Jeitinho Brasileiro : uma arqueologia do infrapoder do corpo social frente à pandemia da Covid-19 |
Authors: | SILVA, José Matheus Lira da |
Keywords: | Desenvolvimento Urbano; Infrapoder; Brasil; Covid19 |
Issue Date: | 4-Feb-2022 |
Publisher: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citation: | SILVA, José Matheus Lira da. Microfísica do Jeitinho Brasileiro: uma arqueologia do infrapoder do corpo social frente à pandemia da Covid-19. 2022. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
Abstract: | Provavelmente todos já devem ter ouvido falar do célebre “jeitinho brasileiro” e sobre como ele possui impacto na vida cotidiana no Brasil, especialmente em tempos pandêmicos onde engajar socialmente o brasileiro em torno de medidas de mitigação do contágio pela Covid-19 tem se transformado em um desafio tortuoso. Não obstante, o conceito do “jeitinho” surgiu com base nos autores culturalistas e tal conceito foi e vem sendo usado como meio para se compreender o comportamento e o modo de ser dos brasileiros a partir de características que, supostamente, estão diluídas em seus corpos, tais quais a emotividade, a cordialidade e a corrupção. Todavia, ao longo dos anos, a tese culturalista foi se desvelando cada vez mais problemática, uma vez que, com base em Jessé de Souza, percebe-se a sua inclinação à culpabilização do brasileiro por uma herança imutável do colonialismo e na consequente retirada da sua autoestima enquanto povo. Sendo assim, tem-se a necessidade de repensar o “jeitinho” com base na edificação de um novo saber acerca do tema sob a égide dos pensamentos de Michel Foucault. O outrora “jeitinho”, passa agora a ser denominado de “infrapoder”, ou seja, assume a forma de um contrapoder que fora erigido historicamente para combater diretamente o superpoder estrutural. Portanto, com a finalidade de capturar os desdobramentos empíricos desse infrapoder do corpo social brasileiro, empreende-se uma arqueologia dos saberes para possibilitar a ordenação dos discursos que adquirem materialidade diante do contexto pandêmico que acomete o Brasil. Essa ordenação, construída com base em uma Análise do Discurso Foucaultiana, extraiu suas categorias analíticas a partir de um arquivo de pesquisa constituído por dados midiáticos; sendo assim, no curso da análise, obteve-se um escopo de 80 enunciados, 28 funções enunciativas, 18 regras de formação e 11 formações discursivas. Com base na definição e análise extensiva dessas categorias, culmina-se com o estágio final da análise, que resgata todo o escopo que fora descoberto na pesquisa e faz emergir as epistemes que atuam como alicerces para que se compreenda como esse novo jeitinho, teorizado com base em Michel Foucault, impactou no desdobramento das práticas discursivas relativas à subversão da ordem durante a pandemia da Covid-19. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44444 |
Appears in Collections: | Dissertações de Mestrado - Desenvolvimento Urbano |
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