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Título : “Nem tão escura para ser preta e nem tão clara para ser branca” : pertencimento racial entre estudantes de Psicologia que acessaram a universidade através da autodeclaração como pardos/as
Autor : ALBUQUERQUE FILHO, Wellington Soares de
Palabras clave : Psicologia; Racismo; Identidade racial; Programas de ação afirmativa na educação - Brasil; Estudantes de Psicologia; Universidade Federal de Pernambuco
Fecha de publicación : 12-feb-2021
Editorial : Universidade Federal de Pernambuco
Citación : ALBUQUERQUE FILHO, Wellington Soares de. “Nem tão escura para ser preta e nem tão clara para ser branca” : pertencimento racial entre estudantes de Psicologia que acessaram a universidade através da autodeclaração como pardos/as. 2021. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
Resumen : O discurso social sobre o ser negro expressa uma incompatibilidade entre a autodeclaração como pardo/a e os sentimentos de pertencimento racial. O mito da democracia racial propagou uma narrativa falaciosa da harmonia das raças, consequência do processo de colonização que demarcou lugares sociais de subalternidade e de privilégios. O objetivo geral desta dissertação foi compreender os sentidos construídos sobre o pertencimento racial em estudantes de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco, que se autoidentificaram como pardos no acesso à Universidade Pública. Surgindo a partir da pergunta de pesquisa: será que a pessoa que acessa a universidade como pardo se entende como negra/o? E como ela localiza o seu lugar diante desse campo? Utilizamos o Método de Produção de Narrativa (MPN). Participaram 10 pessoas, das quais 8 entrevistas foram validadas. 5 mulheres e 3 homens que se autodeclararam como pardos/as, sendo que 7 pessoas acessaram a universidade através da política de cotas raciais e uma por ampla concorrência. As narrativas foram produzidas de forma coparticipativa em que as interlocutoras puderam ler, alterar e acrescentar conteúdo. A narrativa produto do encontro teve como fundamento tecer algumas reflexões sobre o pertencimento racial das estudantes que se autodeclararam como pardas/os. Observamos como o racismo fez parte das experiências das/os interlocutoras/es, seja a partir da discriminação racial, seja a partir da maneira com que a pessoa se percebia. Além disso, as narrativas das pessoas com a pigmentação da pele, a cor, menos retintas traziam aspectos como a confusão, o medo e a ansiedade no processo de pertencimento racial. A universidade, a presença de pessoas negras, de coletivos negra/os, de pessoas de referência na luta foram demarcados como fundamentais para aqueles que se sentiam mais confortáveis com seu posicionamento étnico-racial. Observamos nas narrativas que se autodeclarar como pardas/os e se entender como negras/os não andam nos mesmos passos, de modo que o pertencimento racial está intimamente conectado com a identidade racial. A dissertação problematiza a necessidade de que maiores debates acerca do lugar de fala do/a pardo/a sejam realizados diante das disputas engendradas no Brasil, pois observamos que o pertencimento racial, mesmo sendo doloroso, traz em si um processo de conexão sócio existencial e política. Portanto, a autodeclaração de cor/raça envolve tensões e conflitos de ordem pessoal/existencial, legais e institucionais.
URI : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44219
Aparece en las colecciones: Dissertações de Mestrado - Psicologia

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