Cores da Caatinga: Aroeira e Catingueira – matérias tintórias utilizadas para o tingimento natural.

Abstract

Pensando nos riscos e nas limitações sustentáveis no uso de corantes sintéticos, algumas marcas de slow fashion e artesões tem optado pela redescoberta e exploração de uma prática milenar, o tingimento com corantes naturais. Sua baixa toxidade em relação ao meio ambiente e o sonho de consumo ao adquirir um produto único, fizeram os produtores reviverem este antigo conhecimento. A proposta dessa pesquisa é testar corantes originados das plantas nativas do bioma caatinga, em tipos diferentes de tecidos (linho, algodão e viscose) e sua viabilidade comercial na região. A metodologia seguida é uma adaptação entre as técnicas utilizadas por três designers especialistas em tingimentos com plantas: Eber Lopes Ferreira, Maibe Maroccolo e Lu Azevedo. Como resultado desse estudo, foi possível descobrir o poder tintório presente nas árvores Myracrodruon urundeuva Allemão (aroeira-do-sertão) e Caesalpinia pyramidalis Tul (catingueira), analisar as cores obtidas e avaliar em laboratório a eficiência das receitas usadas na metodologia.