Síndrome da fragilidade em pacientes idosos internados em um hospital público de Recife- Pernambuco

Abstract

O envelhecimento é conceituado pela OMS como um processo fisiológico irreversível que atinge todos os seres humanos, caracterizado pela perda progressiva da capacidade de adaptação aos fatores internos e externos, ocasionando em maior vulnerabilidade e no surgimento de doenças. A síndrome da fragilidade é um exemplo comum de doença na terceira idade, a qual é considerada uma síndrome clínica multifatorial embasada na tríade de alterações neuromusculares (sarcopenia), desregulação do sistema neuroendócrino e disfunção do sistema imunológico, favorecendo um maior risco de quedas, hospitalização, incapacidade, institucionalização, declínio funcional e morte. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a síndrome da fragilidade em idosos internados em um hospital público de Recife- PE. Valendo destacar, que trata-se de um estudo transversal realizado com pacientes idosos, de ambos os sexos, internados na clínica médica de um hospital público de alta complexidade. Inicialmente foi realizada a triagem de risco nutricional e a antropometria dos pacientes, além do diagnóstico da síndrome da fragilidade utilizando o fenótipo de Fried. A amostra constituiu-se por 70 pacientes com idade média de 69,57 anos, sendo em sua maioria diagnosticados com câncer (34,29%). O risco nutricional foi identificado em 72,9% dos indivíduos do estudo de acordo com a NRS 2002. No que concerne a avaliação antropométrica, de acordo com o IMC 48,57% encontravam-se abaixo do peso. Em relação à CB (72,9%), PCT (52,9%) e CMB (54,30%), desnutridos. Já 62,86% e 54,3% inadequados segundo a CP e a EMAP. No que diz respeito ao diagnóstico de fragilidade, 94,28% da amostra foi considerada frágil. Sendo assim, verifica-se um elevado percentual de idosos frágeis, logo reforçando a importância da identificação desses indivíduos, principalmente em ambiente hospitalar, a fim de propiciar um tratamento mais adequado evitando o agravamento da doença e do estado nutricional do paciente. Ressalva-se, que mais estudos em âmbito hospitalar são necessários, uma vez que a maioria dos trabalhos sobre a síndrome são realizados em comunidades, acarretando que análises comparativas sejam feitas com ressalvas.