Atenção integral à pessoa com diabetes mellitus no treinamento resistido: uma revisão da anamnese e prescrição

Abstract

As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de mortalidade no mundo, onde o Diabetes Mellitus (DM) representa um grande quantitativo destes óbitos. O número de indivíduos com DM nos permite uma análise da grandiosidade do problema e, nesse sentido, estimativas têm sido publicadas a nível mundial, incluindo o Brasil, que em 2017, 12,5 milhões de pessoas apresentavam a doença, havendo uma projeção para atingir 20,3 milhões em 2045. Nos países em desenvolvimento, pessoas em todas as faixas etárias serão atingidos pela patologia, com ênfase principalmente para a faixa de 20 a 44 anos, onde a prevalência poderá duplicar. Na atualidade, um dos tipos de atividades físicas mais procuradas é o treinamento resistido, por aumentar a força e proporcionar a hipertrofia muscular, além de auxiliar na prevenção de doenças como a obesidade, DM e hipertensão arterial. Já foi comprovado as evidências dos efeitos benéficos do exercício na prevenção e no tratamento do DM. Sabemos também que diabéticos apresentam menor condição aeróbia, força muscular e flexibilidade do que seus pares da mesma idade e sexo sem a doença. As alterações metabólicas e a menor capilarização tipicamente observada nos diabéticos podem justificar esses achados. Porém, dados mostram que diabéticos fisicamente ativos e/ou com uma boa condição aeróbica apresentam melhor prognóstico do que aqueles inativos e/ou com baixa condição aeróbica. Nesse aspecto, os Profissionais de Educação Física precisam conhecer as comorbidades e as possíveis adversidades na hora da prescrição e do acompanhamento do treino destes alunos, para que alguns cuidados sejam tomados na hora da execução dos exercícios.