Distribuição territorial do excesso de peso em adolescentes nas gerências regionais de saúde do estado de Pernambuco

Abstract

O excesso de peso é considerado atualmente um dos maiores problemas da saúde pública no mundo. É uma condição em que o peso corporal é superior ao desejado em relação à altura. Sendo influenciado por fatores ambientais, socioeconômicos e estilo de vida, como alimentação e a prática de atividade física. Este trabalho tem como objetivo de analisar a distribuição territorial do excesso de peso em adolescentes nas Gerencias Regionais de Saúde do Estado de Pernambuco. O presente estudo consistiu em uma pesquisa descritiva, com dados secundários, obtidos dos relatórios públicos gerados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Inicialmente foram coletados dados relacionados a classificação do estado nutricional de adolescentes entre 10 e 19 anos, entre os anos de 2015 e 2019. Nos relatórios públicos utilizou-se os seguintes critérios: 1) estado;2) Geres; 3) fase do ciclo da vida; 4) sexo; 5) escolaridade; 6) índice antropométrico. Aproximadamente um em cada quatro adolescentes pernambucanos estavam com excesso de peso, sendo essa prevalência superior a Região Nordeste e semelhante ao Brasil entre os anos 2015 a 2019. Foi possível observar que nos últimos cinco anos (2015-2019) o ano de 2018 apresentou maior prevalência de excesso de peso nos três estratos analisados (28,2% em Pernambuco; 25,6% no Nordeste e 27% no Brasil). Foi visto que o sobrepeso se encontra prevalente nas meninas e a obesidade em meninos, independente de residir em Pernambuco, região Nordeste e Brasil. Ao analisar as prevalências de excesso de peso em adolescentes as Geres de Limoeiro (31,32%) e Recife (31,27%) apresentaram as maiores prevalências de excesso de peso, em 2019. Apesar da maior prevalência de excesso de peso ser encontrada na Região Metropolitana de Recife percebe-se uma tendencia de crescimento acelerado nos municípios do interior, predominantemente em meninos nas Geres de Goiana (+5,53) e Salgueiro (+4,6) e em meninas nas Geres de Petrolina (+4,56) e também Salgueiro (+4,51). Os dados desse estudo podem subsidiar o planejamento estratégico a nível de município e de estado, voltados para enfrentamento da obesidade a partir de um olhar especial para as demandas do interior urbano e rural.