Análise quali-quantitativa da água de condensação proveniente dos aparelhos de ar-condicionado: estudo de caso em um colégio do Agreste Pernambucano.

Abstract

Diante da persistente escassez de água, em regiões semiáridas, como o Agreste pernambucano, é imprescindível a busca por novas alternativas de utilização dos recursos hídricos disponíveis. O reúso de água para fins secundários evita o uso desnecessário da água potável, além de estimular o emprego de práticas sustentáveis. Com o aumento crescente da temperatura média do planeta, cresce cada vez mais o uso massivo dos ares condicionados, principalmente em grandes edificações ou lugares com elevada concentração de pessoas que permanecem neste espaço por muito tempo. As condensadoras de ar geram para o meio ambiente a água condensada, destilada, que passa pelas serpentinas que compões sua estrutura, que não está submetida a poluição direta, o que faz desta água uma potencial fonte de reúso. Este estudo de caso caracteriza-se como uma pesquisa descritivo-exploratória por meio da qual realizou-se análises quali-quantitativas, afim de se obter os parâmetros físico-químicos, volume e vazão da água condensada proveniente dos ares condicionados em uso no Colégio Batista, localizado na cidade de Caruaru. Os aparelhos são do modelo Hi – Wall, marca Consul, com potência de 12.000 BTU. Os valores obtidos foram comparados e analisados de acordo com a Portaria nº 2914/2011, do Ministério da Saúde, que estabelece os padrões de potabilidade, e com os parâmetros obtidos para a água tratada que abastece o município de Caruaru. A partir dos resultados determinados, pode-se constatar que a água condensada, apesar de não poder ser classificada como potável, em alguns parâmetros se sobressai a água tratada que abastece a cidade. Diante disso, pode-se concluir que a água proveniente dos ares condicionados pode ser utilizada para quaisquer fins não potáveis, o que sugere-se é que seja utilizada nas caixas de descarga, rega de jardins ou lavagens de piso na própria instituição de ensino.