Desempenho de telhados ecológicos em área urbana

Abstract

O acelerado processo de urbanização das metrópoles sem um planejamento urbanístico adequado, ocasiona a alteração do meio ambiente nas áreas urbanizadas, gerando o aumento das superfícies impermeabilizadas pela aplicação de materiais asfálticos, e sintéticos, ocasionando fenômenos ambientais as ilhas de calor, além do aumento no risco de inundações e na degradação da qualidade da água dos corpos hídricos presentes no meio urbano. Os telhados verdes e ecológicos destacam-se como medida mitigatória e de redução no aumento da temperatura de superfície nos grandes centros urbanos, e de problemas de inundações nas cidades. A aplicação dessa tecnologia associada aos princípios de sustentabilidade a partir da reutilização e aplicação de materiais não biodegradáveis, como materiais plásticos advindos de resíduos sólidos urbanos, potencializa os benefícios ambientais gerados. De maneira que, este estudo objetivou-se analisar o desempenho térmico da implementação de três protótipos, sendo um telhado ecológico, composto por materiais reutilizados, um telhado verde, e uma cobertura convencional. A unidade experimental está localizada na cidade do Recife, na Cidade Universitária, foram analisados os dados coletados abaixo de cada cobertura no período de abril de 2021 a junho de 2021. Foram aplicados técnica de análises de dados através da programação eletrônica, utilizando a linguagem Python com a aplicação de frameworks, e análises estatísticas descritivas utilizando os softwares e plataformas “Jupiter Notebook” e “Excel”. Os resultados destacaram que no âmbito da redução de temperatura ambiente interna, o telhado verde apresentou melhores desempenhos que o telhado ecológico (arranjos 1, 2 e 3), visto que o ecológico apresentou o maior potencial de conservação térmica. O telhado ecológico (arranjo 1) se destacou por reduzir a temperatura no interior do ambiente em até 4,49% quando comparado com a temperatura externa máxima. A aplicação do telhado ecológico demonstrou conservação da temperatura interna do ambiente sob a cobertura, apresentando benefícios na redução da umidade relativa do ar, principalmente nos dias em que ocorreram os eventos extremos de precipitação pluviométrica.