Efeitos da acidose metabólica sobre o desenvolvimento da fadiga central e periférica durante o exercício de alta intensidade

Abstract

Esse estudo analisou os efeitos da acidose metabólica sobre o desenvolvimento da fadiga central e periférica durante o exercício de alta intensidade. Nove homens fisicamente ativos realizaram três testes em cicloergometro até a exaustão com carga constante correspondente ao 𝑉 O2max (260,6 ± 46,5 watts). Os dois primeiros testes foram realizados após a ingestão de cloreto de amônio (CLO) ou carbonato de cálcio (Placebo-PLA). O terceiro teste foi realizado com a ingestão de carbonato de cálcio, mas com a mesma duração da condição CLO (ISO). Foram analisados o pH sanguíneo, lactato plasmático e função neuromuscular antes (repouso) e 100 min (Pré) após a ingestão das cápsulas e após o exercício (Pós). Como esperado, houve uma diminuição (p<0,05) do pH sanguíneo no momento Pré comparado ao repouso na condição CLO. O desempenho foi significativamente (p<0,05) reduzido em CLO (210,8 ± 61,3 seg) quando comparado com PLA (255,2 ± 69,5 seg). O pH sanguíneo foi significativamente (p<0,05) reduzido em Pós comparado com repouso e Pré em todas condições. Porém, a redução do pH sanguíneo no momento Pós foi maior (p<0,05) em CLO comparado com PLA e ISO. Já as concentrações de lactato plasmático foram significativamente (p<0,05) maiores em todas as condições no momento Pós comparado com repouso, mas com menores valores em CLO em comparação com ISO e PLA. A ativação voluntária não foi modificada (p>0,05) após o exercício. A CVM e Qtw100 foram significativamente (p<0,05) reduzidas após o exercício, mas sem diferenças (p>0,05) entre as condições. Porém, houve maior redução (p>0,05) na Qtw10 na condição CLO comparado com ISO e na Qtw1 comparado com PLA e ISO. A redução no desempenho durante exercício de alta intensidade causada pela acidose é acompanhada por modificações nos parâmetros associados a fadiga periférica.