Análise comparativa entre o número de infrações nas Copas do Mundo de Futebol de 2002, 2006, 2010, 2014 com a copa de 2018: mudanças implementadas pelo árbitro de vídeo

Abstract

O objetivo deste estudo foi analisar as possíveis mudanças no número de infrações (cartões amarelos, cartões vermelhos, faltas e pênaltis) acarretadas pela presença do Árbitro de Vídeo (VAR –Video Assistant Refereer) na Copa do Mundo da Rússia de 2018 em relação às Copas de 2002, 2006, 2010 e 2014, que não tiveram a presença do VAR. Os dados foram coletados através da técnica de anotação manual (scout) segundo GARGANTA (2001 ). Os dados foram analisados e as médias de cartões amarelos, cartões vermelhos, faltas e pênaltis foram calculadas para cada Copa do Mundo, posteriormente as médias das Copas de 2002, 2006, 2010 e 2014 foram unificadas para comparação direta com as médias da Copa de 2018, usando o teste ANOVA One-Way com a finalidade de compreender as possíveis mudanças acarretadas pela presença do VAR. A média de cartões amarelos das Copas de 2002 a 2014 foi de 265 ± e a média por partida foi de 4,1 ± 2,5. Com a presença do VAR em 2018 a média de cartões amarelos chegou à 217, ou 3,4 ± 1,9 por partida. A média de cartões vermelhos das Copas de 2002 a 2014 chegou à 18,5, tendo uma média de 0,3 ± 0,6 por partida e em 2018 a média foi de 4 cartões vermelhos em toda a Copa, ou 0,06 ± 0,2 por partida. A média de faltas cometidas das Copas de 2002 a 2014 foi de 2119,5 ou 33,1 ± 8,8 por partida, já em 2018 foi de 1732 no total, ou 27,1 ± 6,9 por partida. A média de pênaltis marcados de 2002 a 2014 foi de 15,5 ou 0,2 ± 0,5 por partida, enquanto em 2018 a média foi de 29 penalidades assinaladas, com uma média de 0,5 ± 0,6 por partida. A partir deste estudo pode-se concluir que o VAR acarretou uma uma diferença significativa na diminuição do número de Faltas cometidas, cartões vermelhos e aumento do número de penalidades assinaladas.