Arqueologia subaquática musealizada : uma proposta de visitação ao sítio de naufrágio vapor Pirapama, Recife, PE, Brasil

Abstract

Este trabalho aborda a questão da musealização do sítio arqueológico subaquático de naufrágio, o Vapor Pirapama como um museu em mar aberto para permitir sua visitação in situ, para mergulhadores e virtual, para todo o público. O Pirapama está localizado a 6 milhas náuticas do porto do Recife, cerca de 11 quilômetros, em uma profundidade de 24 m. É um vapor com propulsão por rodas e casco de ferro, sendo um dos exemplares do final do século XIX. Esta dissertação tem como principais referênciais teóricos o Arqueoturismo Subaquático e a Musealização de sítios. Metodologicamente foram realizadas pesquisas bibliográficas referentes à história do vapor Pirapama, turismo, museologia, patrimônio, dentre outras, e realizadas fotografias 3D do naufrágio, a planimetria do Sítio Pirapama, o trabalho imagético necessário para a definição do circuito de visitação com placas indicativas sobre detalhes do Naufrágio Pirapama para os turistas mergulhadores e o circuito de visitação em 3D para os demais públicos, bem como a dimensão técnica abordando as variáveis: tipologia da embarcação, formato da embarcação, divisão do casco, aparelhos e acessórios, e a dimensão contextual com as variáveis ambientais: visibilidade, corrente, temperatura e regime dos ventos, fornecendo os parâmetros para o circuito de visitação in situ e 3D. Para tal foram realizados mergulhos prospectivos não intrusivos, onde o casco, as peças e acessórios foram analisados, para identificação do tipo e do porte. O trabalho imagético permitiu compor o registro do sítio para auxiliar as futuras pesquisas e registrar a atual situação, levando à elaboração e estabelecimento final dos circuitos propostos, contando com um circuito arqueoturístico subaquático por meio de placas in situ, totalizando 10 placas explicativas sobre a história e trajetória do navio Pirapama, os estudos arqueológicos e evidenciando o naufrágio como um Patrimônio Cultural Submerso, bem como o registro imagético permitiu a virtualização tridimensional do sítio, sendo assim, permitindo maior visibilidade do sítio submerso.