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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40193

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Título: Uso integrado de métodos bioacústicos e de modelagem espacial na distribuição de quirópteros insetívoros no Nordeste do Brasil
Autor(es): OLIVEIRA, Frederico Simão Hintze de
Palavras-chave: Mamíferos; Quirópteros; Vocalização animal
Data do documento: 11-Set-2020
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: OLIVEIRA, Frederico Simão Hintze de. Uso integrado de métodos bioacústicos e de modelagem espacial na distribuição de quirópteros insetívoros no Nordeste do Brasil. 2020. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
Abstract: Os quirópteros representam a segunda ordem mais diversa de mamíferos, com mais de 1400 espécies descritas, e no Brasil é conhecida a ocorrência de 181 destas espécies. Todas desempenham um papel crucial na prestação de serviços dos ecossistemas, e utilizam ecolocalização para navegar e capturar as suas presas. A maioria exibe padrões de ultrassons diferenciados, permitindo o uso de metodologias acústicas para sua identificação e fazer estudos ecológicos, de distribuição e comportamento. Recentemente, também os modelos de distribuição de espécies (SDMs) têm tido grande importância no desenvolvimento de estudos de distribuição espacial e na conservação de espécies animais em todo o mundo. Porém, estes modelos podem não traduzir exatamente a distribuição das espécies, implicando uma urgente necessidade de validação em campo (validação in situ). Nesta tese, numa abordagem pioneira para o Brasil, procurou-se catalogar vocalizações de morcegos e utilizar o registro destes sinais para a validação in situ e refinamento de SDM’s de morcegos insetívoros no nordeste brasileiro. Assim, este estudo objetivou utilizar métodos bioacústicos: (a) para inventariar e descrever vocalizações; (b) aumentar o conhecimento da distribuição; (c) como método de validação em campo de mapas de distribuição potencial; e (d) investigar a potencial cripticidade em espécies de morcegos no Brasil. Usando gravações previamente identificadas, testou-se primeiro a acurácia de softwares automatizados para a identificação acústica de morcegos brasileiros. Verificou-se que a acurácia dos softwares, assim como nível de concordância entre os softwares, são bastante baixas e impraticáveis no momento. Após um esforço de compilação de todas vocalizações conhecidas de espécies brasileiras, propus-me avaliar o uso da bioacústica em três possíveis aplicações práticas. Na primeira, avaliei-a como método adequado e não-invasivo para identificar quatro espécies cavernícolas, facilmente graváveis e identificáveis à saída de caverna. Concluindo que a bioacústica tem o potencial de reduzir consideravelmente os distúrbios causados pela pesquisa em colônias de morcegos. Na segunda, usando novos registros acústicos e técnicas de SDM, revisou-se a distribuição de Promops centralis na América do Sul (uma das espécies brasileiras menos capturadas em redes-de-neblina), expandindo-a em mais de 3,8 milhões de km2. Nesse estudo foi também possível descrever um padrão incomum de vocalizações da espécie, com indivíduos emitindo pelo menos três tipos de vocalização distintas e altamente variáveis. Numa última aplicação, pretendi utilizar a bioacústica para validar in situ mapas de distribuição potencial gerados através de SDM de seis morcegos neotropicais. Concluiu-se que, sem uma escolha adequada de parâmetros de modelagem e uma validação in situ independente, aumentaremos o risco de modelos imprecisos impactarem a implementação de melhores políticas de conservação e planos de manejo das espécies. Nesta tese demonstrou-se a eficácia da bioacústica como meio não-invasivo para identificar e estender a distribuição, e validar mapas preditivos de espécies de difícil captura em regiões mal amostradas. Embora exija treinamento específico, criação de bibliotecas de vocalizações e de protocolos mínimos adaptados regionalmente, os resultados deste estudo demonstram inequivocamente que a bioacústica não pode mais ser negligenciada no estudo de morcegos no Brasil.
Descrição: OLIVEIRA, Frederico Simão Hintze de, também é conhecido em citações bibliográficas por: HINTZE, Frederico
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40193
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Biologia Animal

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