Fragilidade e fatores associados em idosos acometidos por acidente vascular encefálico

Abstract

Este estudo teve como objetivo avaliar a fragilidade e fatores associados em idosos acometidos por acidente vascular cerebral (AVC). Foi realizado um estudo observacional de corte transversal de caráter quantitativo, com 69 pacientes de idade igual ou maior que 60 anos, assistidos em um ambulatório de neurologia de referência estadual. A coleta de dados foi realizada por meio de ficha sobre dados sociodemográficos, clínicos, hábitos de vida e assistência na área de reabilitação, pelo Mini Exame do Estado Mental e pela Escala de Fragilidade de Edmonton. A análise dos dados foi realizada por modelo bivariado e multivariado. Aproximadamente 80% dos indivíduos avaliados foram considerados frágeis, com destaque para os idosos longevos, do sexo feminino, estado civil separado, divorciado ou de viuvez, com nenhum ano de escolaridade completo, que não possuíam ocupação, que apresentavam outros vínculos com instituição previdenciária que não a aposentadoria ou o benefício de prestação continuada, sem renda, negros e de religião espírita. No que concerne as comorbidades e hábitos de vida, a maioria era diabética e hipertensa, mas não era etilista ou tabagista, nem havia sofrido infarto agudo do miocárdio (IAM). Além disso, maior parte desses idosos também não recebiam assistência na área de reabilitação. Na avaliação cognitiva, a maioria dos idosos que não atingiram o critério de pontuação relacionado a escolaridade eram frágeis. Por fim, foram encontradas associações significativas entre a fragilidade e o estado civil, com maior risco para aqueles que não tinham companheiro, e quanto as comorbidades, para presença de Diabetes Mellitus e IAM.