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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34586

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Título: Cefaleia aguda atribuída ao acidente vascular cerebral isquêmico: avaliação das características e fatores associados
Autor(es): OLIVEIRA, Felipe Araújo Andrade de
Palavras-chave: Cefaleias secundárias; Cefaleias vasculares; Infarto cerebral
Data do documento: 11-Fev-2019
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: A cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico é uma cefaleia secundária cuja prevalência varia entre 7,4 e 34% dos casos de Acidente Vascular Cerebral isquêmico. A despeito de sua elevada prevalência, a cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico é negligenciada e subdiagnosticada por médicos e pacientes. Suas características clínicas e possíveis consequências não são bem estabelecidas na literatura. Pela Classificação Internacional das Cefaleias, o diagnóstico da cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico é determinado pela relação temporal próxima entre o início da cefaleia e o desenvolvimento de sinais e sintomas do Acidente Vascular Cerebral isquêmico ou quando a cefaleia leva ao diagnóstico do Acidente Vascular Cerebral isquêmico. Os objetivos deste estudo foram avaliar a frequência de cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico, as características clínicas da cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico e as características clínico-radiológicas do paciente ou do Acidente Vascular Cerebral isquêmico que estão associadas à ocorrência de cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico. Realizamos estudo observacional tipo série de casos. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, acima de 18 anos e admitidos em até 72 horas do início dos sintomas, que foram internados com o diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral isquêmico e que realizaram ressonância magnética de encéfalo com a sequência de difusão. O diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral isquêmico foi determinado pela presença de restrição à difusão em contexto clínico compatível. Realizamos tal avaliação através de questionário semi-estruturado, escalas padronizadas (escala de Acidente Vascular Cerebral isquêmico do Instituto Nacional de Saúde) e análise da neuroimagem. Foram avaliados 154 pacientes, 41,6% eram do sexo feminino e com idade média de 68,58±13,28 anos. A mediana da escala de Acidente Vascular Cerebral isquêmico do Instituto Nacional de Saúde na admissão foi 2. As etiologias determinadas mais frequentes foram doença de pequenos vasos (27,3%) e cardioembolismo (26%). A mediana da volumetria da isquemia foi de 2 cm³. O diagnóstico de migrânea ocorreu em 25,3% da amostra e o de cefaleia tipo tensional em 9,1%. Observamos que a cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico apresentou frequência de 20,1%. A cefaleia teve mais frequentemente início concomitante ao déficit focal (45,2%), instalação gradual (77,4%), moderada intensidade (6, média de escala visual analógica), característica pulsátil (41,9%) e localização unilateral (58,1%) com predomínio à direita (88,9%). A duração média da dor foi de 39±44 horas. A maioria dos pacientes teve uma cefaleia de “padrão tensional” (58,1%). Houve associação entre o diagnóstico prévio de migrânea e a presença de cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico de “padrão migranoso”. A ocorrência da cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico foi significativamente mais frequente em pacientes com menos de 65 anos de idade e nos pacientes com cefaleia tipo tensional prévia (regressão logística). A cefaleia atribuída ao Acidente Vascular Cerebral isquêmico é frequente, tem padrão mais habitual semelhante à da cefaleia tipo tensional e está associada à idade e a cefaleia tipo tensional prévia.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34586
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento

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