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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34395
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Title: | Estudo farmacológico, toxicológico e caracterização química da fração metanólica de Buchenavia tetraphylla (Aubl.) R. A. Howard |
Authors: | SILVA, Clarissa de França Oliveira |
Keywords: | Plantas medicinais; Plantas da caatinga; Farmacologia |
Issue Date: | 31-Jul-2017 |
Publisher: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | A espécie Buchenavia tetraphylla (Combretaceae), conhecida como Tanimbuca, é relatada como etnomedicinal por comunidades do semiárido brasileiro. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização química da fração metanólica de B. tetraphylla (BtMeOH) e investigar seus potenciais biológicos através de atividades anti-inflamatórias, anti-hiperglicêmicas, antioxidantes e antimicrobianas, além de realizar estudos de toxicidade. BtMeOH foi a fração escolhida para realização dos testes por ser mais bioativa mediante screening biológico realizado anteriormente pelo grupo de pesquisa. Inicialmente foi analisada a citotoxicidade de BtMeOH, a indução da liberação de óxido nítrico (NO) e a determinação das propriedades imunomodulatórias pela quantificação de citocinas TH1 e TH2 em esplenócitos murinos, por citometria de fluxo. A fração BtMeOH não foi tóxica quando utilizada abaixo de 25 μg/mL sendo 10 μg/mL a concentração definida para utilização das atividades posteriores em culturas celulares. BtMeOH inibiu a produção NO de forma significativa e ao mesmo tempo estimulou fortemente a produção das citocinas IL-6 e TNF-α principais indutores do reparo e cicatrização. Para realização das atividades in vivo utilizamos camundongos swiss albinos. Foi realizado previamente um estudo de toxicidade aguda na dose de 2000 mg/kg, que não induziu variação significativa no peso dos animais, no consumo de água e ração, nem mostrou alterações histológicas no fígado ou rim quando comparado ao controle. A mesma dose de BtMeOH foi então utilizada para realização dos testes de genotoxicidade e mutagênese in vivo, onde não mostrou ser genotóxica ou mutagênica. A avaliação da atividade antihiperglicemiante in vivo foi realizada através do teste de tolerância oral à glicose, à sucrose e ao amido em camundongos diabéticos induzidos por estreptozotocina. Foi observada a redução significativa do nível de glicemia em animais diabéticos, provavelmente pela limitação da digestão de oligossacarídeos através da inibição de enzimas digestivas como as α-glucosidases e α-amilase. Além disso avaliamos o efeito de BtMeOH na glicação da albumina. A fração inibiu a formação de produtos iniciais e finais da glicação avançada (AGEs) e reduziu significativamente os níveis de frutosamina. BtMeOH também manteve a característica biológica antioxidante da albumina confirmada pelo teste de antihemólise de eritrócitos humanos. A atividade antimicrobiana foi avaliada frente a isolados clínicos de Escherichia coli através do método microdiluição em caldo. Os valores de concentração mínima inibitória das frações variaram de 1250 μg/mL a 2500 μg/mL e os de concentração mínima bactericida de 5000 a >5000 μg/mL. Nas células bacterianas tratadas com BtMeOH, foram observadas modificações externas por microscopia eletrônica de varredura, como rachaduras na superfície celular e crenação.O potencial biológico de B. tetraphylla pode estar associado à importantes metabólitos secundários do grupo dos polifenóis, relatados na literatura como importantes agentes antimicrobianos, antioxidantes e antidiabéticos, cuja presença foi confirmada por testes fitoquímicos com cromatografia de camada delgada e cromatografia líquida de alta eficiência. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34395 |
Appears in Collections: | Teses de Doutorado - Ciências Biológicas |
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