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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34119

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Título: Motilidade gástrica, intolerância à dieta e estado nutricional em pré-escolares com microcefalia por síndrome de zika congênita
Autor(es): PAULA, Georgia Lima de
Palavras-chave: Zika vírus; Criança; Vômitos; Estado Nutricional; Motilidade Gastrointestinal
Data do documento: 20-Mar-2019
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: Intolerância à dieta (ID) interfere no adequado aporte de nutrientes e é frequente em crianças com dano neurológico. A Síndrome de Zika Congênita (SZC) é exemplo de extremo e precoce agravo cerebral. No atendimento a crianças com essa síndrome, ID manifesta-se especialmente por vômitos e regurgitações, mesmo naquelas com via alternativa de alimentação, remetendo a que a motilidade gástrica esteja implicada nesse fenômeno. Como síndrome de descrição recente, os estudos relacionados às dificuldades alimentares dessas crianças e às suas possíveis causas e consequências são escassos e incipientes. Os objetivos são: a) descrever motilidade gástrica, ocorrência de intolerância à dieta, e estado nutricional de pré-escolares com microcefalia por SZC; b) avaliar possíveis interferências das vias alternativas de alimentação nesses achados. Foi estudo comparativo da avaliação ultrassonográfica da motilidade de antro gástrico, entre pré-escolares saudáveis e com diagnóstico de microcefalia por Síndrome de Zika Congênita. Esses últimos foram também avaliados como uma série de casos. Foram considerados intolerantes a volume aqueles que não conseguiam ingerir 75% do valor de 15mL/Kg. A ultrassonografia (USG) avaliou áreas antrais em três tempos, permitindo cálculo da taxa de esvaziamento gástrico 15 minutos após a ingestão. Além disso, o exame descreveu frequência e amplitude das contrações, a partir das quais se calculou o Índice de Motilidade Gástrica. Nos pacientes pesquisou-se, ainda a presença e grau de disfagia, sinais de intolerância à dieta (vômitos, regurgitações, refeições prolongadas, aporte calórico insuficiente e intolerância a volumes) e realizou-se avaliação nutricional (antropométrica e de consumo calórico). Os índices antropométricos foram classificados em escores Z propostos pela Organização Mundial de Saúde em 2006. Sessenta e dois por cento dos pacientes não apresentaram contrações gástricas à USG e houve menores tolerância a volume e taxa de esvaziamento gástrico deles em relação aos controles saudáveis. Os pacientes em via alternativa (VA) tiveram maior comprometimento desses parâmetros. O tempo de VA correlacionou-se positivamente com todos os índices antropométricos, exceto altura para idade. ID ocorreu em 87% dos pacientes, sendo os sintomas predominantes: vômitos/regurgitações (60%), intolerância a volumes (51%) e refeições prolongadas (47%). Os achados de ID foram mais frequentes nos pacientes em VA, especialmente naquelas com gastrostomia. Quanto ao estado nutricional, 38,9% dos pacientes tinham baixo peso para idade, o mesmo ocorrendo em 50% em relação à altura. Magreza foi encontrada em 25,9%, enquanto risco ou excesso de peso, em 22,2%. Desnutrição por circunferência braquial e por dobra cutânea tricipital (DCT) foi encontrada em, respectivamente, 9,4% e 7,5%. Indícios de adiposidade também foram observados: DCT elevada em 17,5% e razão cintura/altura elevada em 56,6%. A desnutrição foi mais frequente nas crianças alimentadas oralmente, enquanto adiposidade e excesso ponderal, naquelas em VA. Concluiu-se que crianças com SZC apresentaram dismotilidade gástrica (por déficit de contratilidade antral) e elevada frequência de intolerância à dieta, ambos mais frequentes quando alimentadas por VA. Baixa altura foi o comprometimento do estado nutricional mais frequente e não foi associada à duração do suporte nutricional por VA.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34119
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Saúde da Criança e do Adolescente

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