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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33919

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Título: Produção jornalística sobre mulheres negras e pobres que usam drogas ilícitas em Recife/PE : esse corpo de lama que tu vê
Autor(es): SOUZA, Adelle Conceição do Nascimento
Palavras-chave: Psicologia; Psicologia social; Feminismo; Mulheres negras – Uso de drogas; Imprensa
Data do documento: 29-Mai-2018
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: O objetivo deste trabalho foi analisar repertórios sobre mulheres negras e pobres que usam drogas ilícitas, produzidos e veiculados em notícias jornalísticas. Essa análise está pautada em pressupostos do feminismo decolonial, feminismo negro, antiproibicionismo e o construcionismo em psicologia social. Para tanto, foi realizado um vasto levantamento e selecionadas nove notícias do jornal Diário de Pernambuco, as quais tratam sobre as “mulheres-caranguejo”, assim nomeadas mulheres negras e pobres que usam drogas ilícitas, principalmente crack, e que se prostituem no Bairro de Santo Amaro, Recife/PE, publicada entre agosto de 2014 e novembro de 2017. No processo analítico, de orientação socioconstrucionista, consideramos os repertórios que se relacionam às mulheres, às drogas e ao contexto (território, prostituição e relação com os homens). Nesse processo, identificamos que esses textos jornalísticos produzem uma série de imagens e enunciados que acionam uma rede complexa de repertórios que incluem: 1) a estética hegemonicamente racista, que associam essas mulheres à lixo, sujeira e infecções sexualmente transmissíveis, produzindo-as como uma ameaça sanitária e moral; 2) proibicionismo ou proibição as drogas, que produzem essas mulheres negras como exclusivamente dependentes de crack e destituídas de sua autonomia, além de considerar o uso de crack como inexoravelmente problemático; 3) mídia, que reproduz e reforça os mecanismos da colonialidade ao reforçar narrativas que destituem essas mulheres negras do lugar de humanas; 4) essencialização do sujeito político mulher, ao invisibilizar as especificidades dos atravessamentos de raça e gênero na vida dessas mulheres negras; 5) modelos de família ao localizarem essas mulheres sendo de famílias desestruturadas e como ameaça ao modelo de família tradicional burguesa e 6) modelos de cidade, ao produzir a necessidade de higienização da cidade, principalmente dos lugares de grande especulação pelo mercado imobiliário como é o território em que essas mulheres negras estão inseridas.
Descrição: SOUZA, Adelle Conceição do Nascimento, também é conhecido(a) em citações bibliográficas por: NASCIMENTO, Adelle Conceição do
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33919
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Psicologia

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