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Título: Os determinantes materiais da participação da China em operações de paz na África: o caso do Sudão do Sul
Autor(es): MONTENEGRO, Renan Holanda
Palavras-chave: Ciência Política; Construção da paz; China - Política e governo; África; Sudão do Sul - Política e governo; Petróleo
Data do documento: 22-Fev-2019
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: O presente trabalho tem o objetivo de investigar as conexões entre o envolvimento chinês na garantia da segurança regional na África e os interesses econômicos e estratégicos (aqui chamados de “determinantes materiais”) do país no continente, particularmente – mas não só – aqueles relacionados à questão energética. O ponto de partida é a decisão do governo da China em enviar um batalhão completo de infantaria para a missão de paz das Nações Unidas no Sudão do Sul, no final de 2014. Tal episódio não só demonstra um salto qualitativo na abordagem chinesa junto ao regime multilateral de segurança, como também levanta questionamentos quanto à dinâmica mais ampla das relações sino-africanas, já que a China destina à África a maior parte das suas contribuições de pessoal para operações de paz. Mesmo estando oficialmente na ONU desde 1971, a primeira contribuição chinesa para as referidas missões só aconteceu nos anos 1990. Nesta mesma época, a China perdeu a autossuficiência em petróleo, precisando ter uma atuação mais proativa no mercado internacional por meio de suas empresas estatais – a chamada “diplomacia do petróleo”. Foi sob esse pano de fundo que os chineses se aproximaram do Sudão, e consequentemente do Sudão do Sul, independente em 2011, tornando-se o principal acionista nos blocos de exploração de petróleo. Hoje, é exatamente o Sudão do Sul que concentra a maior parte das tropas chinesas que participam de operações de paz. Sendo assim, a pesquisa busca investigar as supostas motivações mercantilistas frequentemente levantadas pela imprensa e por especialistas, que explicam o envolvimento da China no Sudão do Sul unicamente pela ótica do autointeresse. Ademais, a tese ainda tenciona analisar como o fenômeno em tela mobiliza atores variados do organograma estatal comunista. Mais: também intenta compreender como o continente africano se insere dentro das estratégias globais da China no século 21, como a Nova Rota da Seda. A metodologia utilizada lança mão de técnicas de estatística descritiva e correlacional, teste de média, análise comparada e estudo de caso. Os resultados encontrados desnudam a fragilidade da hipótese mercantilista e apontam para a necessidade de se agregar à investigação tanto os fatores sistêmicos como as motivações específicas dos atores diversos ao longo da burocracia chinesa, acionando diferentes níveis de análise e causalidade. Considerações de ordem teórica e com relação às implicações da crescente assertividade internacional da China para a política externa dos Estados Unidos também são trazidas à tona.
Descrição: LIMA, Marcos Ferreira da Costa, também é conhecido(a) em citações bibliográficas por: COSTA LIMA, Marcos Ferreira da
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33717
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Ciência Política

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