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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32764
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Título : | A imprensa e a construção do discurso da ditadura civil-militar brasileira de 1964: um estudo sistêmico-funcional |
Autor : | ROCHA, Flávia Ferreira da Silva |
Palabras clave : | Linguística sistêmico-funcional; Sistema de transitividade; Ditadura civil-militar brasileira de 1964; Editorial; Representação |
Fecha de publicación : | 27-feb-2018 |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco |
Resumen : | A imprensa brasileira afirma ser a imparcialidade e a defesa da democracia os valores fundamentais que norteiam suas ações sempre na defesa dos cidadãos e dos direitos humanos. No entanto, contrariando essa posição, a imprensa escrita nacional, nesta tese representada pelos jornais O Estado de São Paulo (OESP), Folha de São Paulo (FSP) e O Globo (OG), apoiaram abertamente o golpe civil-militar de 1964. Entretanto, costumam afirmar terem assumido posições diferentes nos momentos subsequentes à tomada de poder pelos militares. Em função deste posicionamento, definimos como pergunta de pesquisa desta investigação de que modo os três veículos, OESP, FSP e OG representaram lexicogramaticalmente a ditadura civil-militar brasileira, o período de redemocratização e o cinquentenário do golpe. Nosso objetivo foi o de investigar, à luz do panorama histórico da época, quais as escolhas lexicogramaticais para representar o período da ditadura, pois acreditamos que esse olhar nos possibilita compreender os mecanismos linguísticos utilizados pela imprensa para (re)construção das realidades sociais. Utilizamos como fundamentação teórica o arcabouço da Linguística Sistêmico-Funcional desenvolvida por Halliday (1985), ampliada por Halliday e Mathiessen (2004, 2014) e seguida por Eggins (1994, 1997); Bloor e Bloor (1995); Thompson (2007) dentre outros. Fizemos opção pelo Sistema de Transitividade, por meio do qual é possível acessar as concepções de mundo, possibilitando um olhar de como a ditadura foi construída pelos diários supracitados. Para compreender melhor o universo da imprensa no que diz respeito a sua constituição histórica enquanto quarto poder, assim como seu modo de agir na construção do editorial, baseamo-nos principalmente em Abramo (2016), Sodré (1999). Compõem nosso corpus 12 editoriais distribuídos em quatro fases: Fase I: Golpe de Estado – Ditadura velada, Fase II: Ditadura consolidada, Fase III: Processo de abertura e Fase IV: Cinquentenário do golpe. No que diz respeito à metodologia, selecionamos treze itens lexicais que serviram de guia para escolhermos as porções textuais que evidenciavam as representações do golpe. Usamos a ferramenta computacional Word Smith’s Tools para a identificação dos Processos, dos Participantes e das Circunstâncias envolvidos em cada editorial em análise com vistas a investigar os significados das escolhas feitas por cada veículo de comunicação. Nossos resultados apontam para representações do golpe, principalmente, como ação necessária à proteção da democracia contra as ameaças de invasão do comunismo. Para isso, a ditadura foi instanciada nos editoriais investigados como Participante Meta, desvelando, na perspectiva dos jornais, os anseios da sociedade nas três primeiras Fases e reduzido, especialmente, às Circunstâncias históricas na comemoração dos cinquenta anos. Com esse posicionamento, os jornais fazem um alinhamento discursivo em cada uma das quatro Fases de nosso estudo, sustentando um discurso que vai de encontro aos princípios básicos da imprensa, a alegada imparcialidade e compromisso com a verdade. |
Descripción : | ROCHA, Flávia Ferreira da Silva, também é conhecida em citações bibliográficas por: SILVA, Flávia Ferreira da |
URI : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32764 |
Aparece en las colecciones: | Teses de Doutorado - Linguística |
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