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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32413

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Título: Organização das crostas biológicas de solo em uma paisagem antrópica na Caatinga
Autor(es): MENEZES, Artur Gonçalves de Souza
Palavras-chave: Florestas; Cianobactéria; Caprinos
Data do documento: 19-Fev-2018
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Abstract: As crostas biológicas de solo (biocrostas) são comunidades de microrganismos formadas por organismos fotossintetizantes, como cianobactérias, algas eucariontes, liquens e briófitas e não fotossintetizantes como bactérias e fungos. Essas associações ecológicas agregam partículas de solo, fixam nutrientes, retém umidade e controlam as populações vegetais vasculares. Porém, as biocrostas são frequentemente ameaçadas pela perturbação antrópica, como o pisoteio de animais domésticos e outras atividades humanas. Essas comunidades predominam em ambientes áridos e semiáridos, como a Caatinga, contudo, pouco se sabe para biocrostas nesse ecossistema brasileiro. Este estudo teve por objetivo descrever, em escala espacial e temporal, a organização das biocrostas, identificando as forças que estruturam estas comunidades em uma paisagem antrópica na Caatinga. Este estudo foi realizado no Parque Nacional do Catimbau (Buíque, Pernambuco, Brasil), em 34 parcelas permanentes de 0,1 ha (com áreas em estágio inicial de regeneração e floresta madura), além de buscas ativas de biocrostas em 10 locais fora das parcelas. As parcelas foram amostradas três vezes em um ano através do arranjo aleatório de 10 grids por parcela em cada amostragem, cobrindo assim duas estações: seca e chuvosa. Nas buscas ativas foram registrados 20 táxons para o Catimbau, um deles sendo no nível de família, 11 de gênero e oito de espécie de organismos componentes das biocrostas. Nas parcelas permanentes foram registrados oito morfotipos de crostas com todos os organismos fotossintetizantes supracitados, os quais estavam presentes em crostas consideradas em iniciais, intermediárias e em estágios tardios de sucessão. Ainda nas parcelas a cobertura total de biocrostas chegou a mais da metade do solo, sendo que a cobertura das parcelas por cianocrosta (crosta inicial) variou de 0,13% a 53,1% (média ± desvio padrão; 7,5 ± 11,5), crosta intermediária de 0,26% a 1,8% (1,24 ± 0,6) e crosta tardia de 0,11% a 9,3% (3,8 ± 3,2). Observou-se que o pisoteio por caprinos domésticos afetou a cobertura de biocrostas, suprimindo estas comunidades, que tendem a diminuir em cobertura de organismos tardios como liquens e briófitas. Locais de floresta madura com menos serrapilheira e solo mais compactos apresentaram incremento de briófitas às biocrostas. Estes achados demonstram que a Caatinga suporta comunidades de crostas taxonômica e ecologicamente diversas. Também reafirmam que biocrostas são sensíveis a mudanças no ambiente, como as ocasionadas por perturbações antrópicas. Se as biocrostas são afetadas negativamente pela presença de caprinos domésticos, é o manejo do solo na Caatinga que cria grandes porções de áreas abertas viáveis à colonização pelas biocrostas.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32413
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Biologia Vegetal

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