Prevalência e fatores associados à síndrome metabólica em adultos do estado de Pernambuco

Abstract

As definições propostas para a síndrome metabólica (SM) pela International Diabetes Federation (IDF) e Joint Interim Statement (JIS) permitem considerar variações biológicas populacionais. Objetivos: Descrever a SM segundo duas definições em adultos da área urbana e rural do estado de Pernambuco (Brasil) no ano de 2006 e analisar as associações com variáveis biológicas, socioeconômicas e ambientais. Métodos: Estudo transversal que utilizou o banco de dados da pesquisa “I Inquérito estadual sobre doenças crônicas e agravos não transmissíveis: prevalência e fatores de risco”, com amostra de 1.331 adultos de 25-59 anos de idade. A análise estatística foi realizada com comparação de prevalência da SM entre os estratos das variáveis explanatórias com teste do Chi-quadrado e Regressão de Poisson para identificar fatores independentemente associados à síndrome. Resultados: O estudo mostrou prevalência elevada da SM pelas definições da IDF (39,0%) e JIS (43,9%) em Pernambuco, sendo maior na região do interior urbano, quando comparado à região metropolitana do Recife e interior rural. As prevalências da SM apresentaram associação positiva com a idade, o Índice de massa corporal (IMC) e renda familiar per capita, e associação negativa com a escolaridade; não houve associação com sexo, sedentarismo e tabagismo. Conclusões: Neste estudo, a prevalência de SM mostrou-se elevada, principalmente segundo a definição do JIS, sendo maior na região no interior urbano, aumentando com a renda familiar per capita, o avançar da idade e o IMC, e diminuindo com a elevação do nível de escolaridade, fatores a serem considerados para a abordagem da síndrome nessa população.