Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30381
Compartilhe esta página
Título: | A poesia social de Drummond: 1970 |
Autor(es): | AMARAL, Leonardo Renda Kajdacsy Balla |
Palavras-chave: | Drummond; Poesia social; Literatura engajada; Impurezas do branco; Discurso de primavera e algumas sombras |
Data do documento: | 14-Mar-2018 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Abstract: | Nesse trabalho refletimos sobre a poesia social de Carlos Drummond de Andrade na década de 1970. Trata-se de uma poesia que discute temas e problemas sociais de forma direta. Na introdução discutimos o conceito de poema social a partir das ideias de Theodor Adorno (2003) sobre lirismo e sociedade e de Walter Benjamin (1989) sobre o sujeito lírico na modernidade. Retomamos a noção de engajamento em Adorno (1970) e Jean Paul Sartre (2004) como forma de acentuar a necessidade comunicativa na criação poética, a qual se compromete nos processos de mudança social. Sugerimos com Alfredo Bosi (1977) que esse comprometimento pode se dar a partir de algumas formas fundamentais como a sátira e o epos revolucionário. No caso específico de Drummond, o engajamento pode ser relativizado a partir de uma perspectiva irônica (Northrop Frye, 1957). No segundo capítulo analisamos, a partir das ideias contidas na introdução, o desenvolvimento da poesia social drummondiana desde o modernismo de 1930 ao final da década de 1960. Esse desenvolvimento passa do desencantamento irônico em relação aos problemas sociais nos anos 1930, à sátira do grotesco social e à perspectiva épico-engajada pela transposição das negatividades sociais em 1940, até, já nos 1950-60, à reorientação problemática do engajamento político pelo lirismo do diálogo: encontro entre o eu e um outro que se efetiva a partir da família, da simpatia a intelectuais comprometidos e da circunstância cotidiana, esta última vista desde o âmbito profissional de Drummond como jornalista-cronista, de onde ele retoma diversos temas, como, por exemplo, a publicidade e a conservação da memória urbana. Com os elementos prévios da discussão, no terceiro e quarto capítulo, refletimos sobre como se dá a poesia social de Drummond na década 1970, especificamente nas obras As impurezas do branco (1973) e Discurso de primavera e algumas sombras (1977), estabelecendo suas principais diferenças e semelhanças em relação ao que o poeta produziu antes. Há uma reorientação progressiva do engajamento baseado no encontro entre o eu e um o outro, mas agora no sentido da convivência do indivíduo consigo mesmo, na recuperação da lembrança histórica (individual e coletiva) e da pré-história mítico-natural como valores que embasam a luta e a esperança políticas. Isso a partir da diversidade temática que o jornalismo inspira ao poeta, como, por exemplo, as comunicações de massa e a ecologia. No âmbito dessa discussão, observamos também como o poeta, na casa dos seus 70 anos, pratica o poema social em relação ao que foi produzido na mesma década pelos poetas das gerações mais jovens. Por exemplo, a poesia reflexiva de Drummond em contraste com a poesia anárquica dos poetas marginais. Concluímos com identificação da reorientação progressiva de projeto de engajamento drummondiano que, frustrado logo após a II Guerra, se reconstrói, problematicamente, em diversos sentidos. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30381 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Teoria da Literatura |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
DISSERTAÇÃO Leonardo Renda Kajdacsy-Balla Amaral.pdf | 888,74 kB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este arquivo é protegido por direitos autorais |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons