Pode a intensidades dos exercícios com pesos modular a magnitude da doseresposta de variáveis mentais como humor e ansiedade em jovens adultos do sexo masculino?

Abstract

O objetivo do trabalho foi analisar o efeito agudo de diferentes intensidades do treinamento com pesos (TP) sobre as respostas afetivas de ansiedade e humor em adultos jovens. Foram selecionados 30 participantes do sexo masculino de forma não probabilística, com idade entre 18 e 30 anos. Todos os voluntários apresentaram experiência com TP de seis meses ininterruptos. No início da pesquisa foram coletados dados antropométricos para determinação da massa, estatura e densidade corporal. A força muscular foi determinada por meio do teste de 4-10 repetições máximas (RMs). A sessão de treinamento com pesos foi constituída por 4 exercícios: 2 multiarticulares e 2 monoarticulares. Os participantes responderam 2 questionários (BRUMS e STAI) antes e após (30 minutos) as sessões de TP para analisar o estado de humor e ansiedade, respectivamente, além de responder imediatamente a cada set e após a sessão a escala de OMINI-RES para medir a percepção subjetiva do esforço (PSE). Foi identificada redução dos escores da STAI-S tanto na condição 50% de 1RM (F(2, 28)=6,26; p = 0,01; d = 0,5) quanto 80% de 1RM (F(2, 28)=8,79; p=0,01; d = 0,5), sem diferença estatisticamente significante entre as condições no pós-teste (F(2, 28)=1,96; p=0,28; d=0,1). Foi encontrado aumento do humor negativo na condição 80% de 1RM (F(2, 28)=34,91; p=0,01; d=0,7), ao passo que o não foi alterado na condição 50% de 1RM (F(2, 28)=2,08; p=0,32; d=0,1), sendo apontada diferença estatisticamente significante entre as condições no pós-teste (F(2, 28)=42,78; p=0,01; d=0,8). Os resultados permitiram concluir que uma única sessão de treinamento com pesos foi capaz de aumentar significativamente o humor negativo em jovens adultos do sexo masculinos experientes em treinamento com pesos com intensidade de 80% de 1RM. Na condição de 50% de 1RM para o humor não houveram diferenças significativas comparadas ao pós-testes. E ansiedade parece ser reduzida, porém sem diferença estatística.