Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29932
Comparte esta pagina
Título : | A performance da toga: um olhar antropológico sobre o ritual das sessões da corte especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco |
Autor : | MORAIS, José Soares de |
Palabras clave : | Antropologia; Etnologia jurídica; Poder judiciário - Pernambuco; Pernambuco. Tribunal de Justiça; Juízes |
Fecha de publicación : | 31-ago-2015 |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco |
Resumen : | As contradições emanadas de sessões da corte especial do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco se apresentam como problema de pesquisa. Especialmente, durante as etapas de “discussão” e de “votação”, onde se percebe que, além do discurso recorrente em demonstrar a preocupação com o “fazer justiça”, surge outro grande interesse evidenciado pelo comportamento etnografado dos seus atores jurídicos (magistrados): a necessidade da prevalência de suas afirmações (posicionamentos jurídicos), diante de um colegiado composto de 15 desembargadores. O ritual de interação, que parece simples, apresenta-se neste trabalho em toda sua complexidade: acalorados debates; discordâncias; pontos de vistas diversos; polêmicas; controvérsias; demonstração de poder e competitividade numa verdadeira arena de lutas retóricas. Fica a constatação, que em meio ao fluxo de conflitos sociais, a que chamo de “dramas sociais”, são construídas nas narrativas dos autos processuais recepcionados pela corte, e convertidos em “conflitos internos”. Os atores lançam mão do “desempenho” enquanto “performance”, como sinônimo de “eficácia”, a fim de alcançar os objetivos da corte, que tem uma linguagem própria, e consequentemente, a melhor performance será alcançada por quem melhor compreender e falar essa linguagem. O que resta, notadamente, como produto final desse “espetáculo da toga” análogo ao teatro é a não solução dos conflitos, e sim a administração parcial desses, na maioria das vezes contra a vontade de seus atores jurídicos, que por sua vez, são forçados a cumprir a ritualística processual prevista pelo ordenamento jurídico vigente, sob o crivo da tradição do poder judiciário impera a lógica do contraditório (um “vence” e o outro é “vencido”), e não a do consensual (ambos “vencem”). O olhar da antropologia jurídica, calcado num empreendimento cuja compreensão deve ser etnográfica, sobre esse tipo de espaço público, e perante um grupo social tão complexo, se apresenta como uma possibilidade para responder e explicar em que medida os desembargadores utilizam da autoridade do argumento e do argumento da autoridade para proferir suas decisões, considerando a ritualização de suas práticas como rico conjunto simbólico num contexto fortemente hierarquizado. |
Descripción : | SOUZA, Vânia Rocha Fialho de Paiva e, também é conhecida em citações bibliográficas por: FIALHO, Vânia Rocha |
URI : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29932 |
Aparece en las colecciones: | Dissertações de Mestrado - Antropologia |
Ficheros en este ítem:
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
---|---|---|---|---|
DISSERTAÇÃO José Soares de Morais.pdf | 5,08 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este ítem está protegido por copyright original |
Este ítem está sujeto a una licencia Creative Commons Licencia Creative Commons